Percy Jackson: Gregos & Romanos
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[Teste] Legados (Gregos e Romanos) (Y)

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Ártemis
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Mensagem por Zeus Dom Ago 10, 2014 12:33 pm


Teste para Legados

Regras

- Cada player pode tentar o teste uma vez a cada dois dias, apenas.
- Se for pego por plágio será impedido de postar um novo teste em menos de 2 semanas.
- Não utilize templates que impeçam uma boa leitura.
- Postem apenas testes completos.
- Caso seu teste seja reprovado, sua próxima tentativa deverá ser postada no mesmo tópico do primeiro, com um teste novo.
- Seu teste será avaliado em no máximo 24 horas, então por favor, não fique pedindo a avaliação do mesmo via chatbox, sabemos do nosso trabalho e iremos cumpri-lo.
- Seja coerente, porém, não se esqueça de que a criatividade é fundamental.
- Escolha corretamente entre ser um Legado Romano ou um Legado Grego. O teste feito deve ser postado de acordo com essa escolha.
- Poste neste mesmo tópico.
- Verifique se o deus escolhido pode ter filhos ou legados aqui!
- Apenas 2 legados poderão ser aprovados por mês, tendo em vista que é algo não muito comum de se acontecer.
Obs: Nenhum outro legado será aprovado no mês de Setembro.


Teste:
Percy Jackson - Gregos e Romanos •


Última edição por Admin em Ter Out 28, 2014 6:36 pm, editado 2 vez(es)

Zeus
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Mensagem por Trevor Devalk Seg Set 08, 2014 2:02 pm



Teste para Legado


Nome: Trevor Devalk
Idade: 17 anos
Grego ou Romano? Romano
Progenitores e filiações: Filho de Júpiter e neto de Netuno, filho de Daisy Devalk
Características físicas e psicológicas:

Dono de olhos azuis e eletrizantes, cabelos loiros em um corte social, pele esbranquiçada e um metro e setenta e cinco de altura; possuo um corpo atlético graças a quantidade de exercícios e atividades físicas as quais gasto minha energia. Possuo uma característica natural de liderança, sendo que mesmo tendo um comportamento tempestuoso, consigo fazer com que meus liderados tenham confiança o suficiente em mim para lutarem pela nossa causa em comum. Sou levemente autoritário e minhas emoções podem sofrer variações de acordo com a ocasião, sendo que a minha honra e a honra de minha mãe estão acima do bem e mal; de modo que não excito ao lutar para defende-la.

História:

PRÓLOGO

Nascido e criado no noroeste da Califórnia, mais precisamente em São Francisco; possuo dezessete anos de idade. Desde que me lembro, morei com minha mãe em uma casa na Baia de São Francisco, não muito distante da ponte Golden Gate. Daisy Devalk Spindola, esse era o nome de minha aclamada progenitora que cuidava de mim como sendo a coisa mais importante de sua vida. Desde minha tenra infância, aquela trabalhadora mulher sempre me fez efetuar uma grande quantidade de cursos, e incentivava ao máximo a pratica de esportes em meus horários vagos; sempre me instruindo com os dizeres de que nossos corpos deveriam sempre estar preparados e atléticos o suficiente para não sermos vítimas do mundo perigoso que nos cercava.

Nunca tendo conhecido meu pai, Daisy apenas contava para mim a bela história de como o conheceu.  Ela ainda era uma moça juvenil, com seus solenes vinte anos de idade; dona de uma pele de um bronzeado perfeito, olhos tão profundos, brilhantes e verdes como o mais límpido mar, e cabelos negros cacheados sobre seus ombros atléticos. Estudante de direito da Universidade Berkeley da Califórnia, conseguiu uma vaga através de bolsa, sendo que ela era umas das atletas da equipe de natação e polo aquático da universidade.

Ela sempre tinha dito, que apenas teria conseguido aquele feito por ter treinado durante anos em uma academia militar, aonde a prática da canoagem e natação eram suas atividades preferidas. Alguns anos se passaram após ela ter adquirido sua bolsa, deixando de morar em tal academia militar (a qual eu sinceramente odiava às vezes; tinha certeza que ela era responsável por minha mãe ás vezes ser tão... digamos que militar e rígida), ela teria conhecido um belo professor substituto que a dava aula de Filosofia e Direito Político. Aquele homem teria de alguma forma, conseguido conquistar o coração de minha pobre mãe; que se apaixonará pelo senhor de cabelos levemente grisalhos, olhar autoritário e olhos azuis eletrizantes. Deixando se levar, em meio ao término do ano letivo o homem a tomou para si, lhe proporcionando uma noite de prazer em meio aos jardins do campus.

Um mês após as férias que teriam sucedido a primeira noite de amor daquela mulher; o homem desaparecerá, sendo que sua localização era impossível, já que em registro algum existia um homem chamado Sonic Rayovac. As aparições daquele sujeito foram repentinas e inconstantes; sendo que a relação entre meus pais se tornou um misto entre um amor eletrizante e brigas tempestuosas. Ao descobrir que Daisy estava grávida, o homem sumiu, deixando para trás apenas uma pobre adolescente desolada.

Dias atuais
Casa dos Devalk’s, 21:35 h – São Francisco/EUA


- Nunca entendi o porque de morarmos em um lugar tão ruim mãe! Não posso abrir a janela do quarto que o odor fétido de esgoto invade meu nariz; sem falar aquele pessoal nojento que mora em Chinatown...
Estava sentado ao lado de minha mãe, após treinamos juntos alguns golpes de defesa pessoal e luta Greco-romana em nossa sala de estar. O suor escorria pelo meu rosto, e chegava a me perguntar como ela conseguia ser tão forte, mesmo que a única justificativa que recebia era sobre o quanto ela teria se esforçado em sua juventude; treinando arduamente naquela academia militar e blá, blá, blá. Cansado e preocupado em levar o time de futebol de meu colégio a ser bicampeão do campeonato nacional interescolar, sentia raiva por morar em um ambiente tão desconfortável. – Não fale assim meu filho, já cansei de explicar a você que moramos aqui para nosso próprio bem. Aquele era o discurso montado de minha mãe, que como sempre justificava o azar de nossas vidas pelo “bem maior” de nossa “segurança”. Apesar de toda minha raiva e estresse, ergui meus olhos para olhar em sua face, contemplando um semblante mais velho, mas tão belo como ela dizia ter quando ainda frequentava a universidade.

Passando uma toalha em meu rosto para retirar parte do suor, sempre acabava me arrependendo de dizer palavras tão pesadas para minha própria mãe. Ela se esforçava ao máximo trabalhando como advogada de uma empresa de preservação ambiental vinculada a marinha. – Sei que estava um tanto quanto nervoso Trevor, você é o capitão de seu time e todos esperam de você o mesmo êxito que obtiveram ano passado; culpar as coisas ao nosso redor não ajudará você a ganhar jogo algum. Palavras duras, de fato não era apenas eu quem sabia dizê-las com tanta “elegância”. Sabia que ela estava com razão, era eu quem tinha escolhido aquilo, era eu quem me ocupava cada vez mais com atividades para provar que poderia ser o melhor dos melhores; talvez tudo aquilo por não ter um pai que abandonou minha mãe. – Sabe como fica parecido com o seu pai e seu avô quando fica assim, todo irritadinho e tempestuoso. Ela sorria para mim, acariciando meus cabelos loiros que teria herdado de meu pai.

Sempre que ela citava meu pai e meu avô, um arrepio percorria a minha espinha e por algum motivo, lembrava-me das terríveis tempestades que ouvia atingir o litoral após meu nascimento. Daisy nunca falava sobre eles, apesar de aparentar saber muito mais do que me conta. – Eles... Ela aparentava ter percebido meu olhar ficar ligeiramente vazio. – Eram grandes homens, é tudo o que precisa saber meu filho. Como sempre, nenhuma resposta concreta e ter de ouvir o que sempre me dizia. – Tome um banho e descanse, amanhã você tem treino do seu time, e sabe muito bem o quanto fico orgulhosa vendo se esforçar. Sem dizer mais palavra alguma, levantei e fui em direção ao banheiro.

07/07/1997
Olimpo, 23:52 h – Nova Iorque/EUA



- Isso é um absurdo! Uma ofensa aos bons costumes e aos nossos votos de honra! Como um “rei” como a “sublimeee excelência” possui o caráter de fazer isso?! Um homem de bronzeado perfeito, trajes elegantes de coloração tão esverdeada quanto seus olhos, e tridente em mãos gritava em meio a reunião imposta por ele. Doze era o número de divindades presentes naquele palácio, e o mais sério de todos eles, estava trajado com um fino terno negro, sentado em seu trono olhando todos de maneira autoritária. – Já está feito meu irmão, o garoto está nascendo nesse exato momento e nada podemos fazer sobre isso.  Sua voz era diplomática, apesar de que emanava um tom seco de descontração. Ao lado do deus supremo, uma mulher de cabelos longos e castanhos, pele rosada e lábios avermelhados aparentava ter em seu olhar um sentimento agudo de fúria. – Acha mesmo que pode sair por ai, dormindo com todas as mulheres desse mundo e fazer Juno ficar parecida com Vulcano?! O deus manco semicerrava seus dentes. – Está exagerando em suas palavras irmão; não poderei permitir que desonre a rainha desse local em minha frente! Apenas uma bela deusa de cabelos loiros aparentava se divertir com a situação. – Você já a desonrou ao deitar com minha filha! Alguns segundos de silencio foram feitos, revelando toda a tensão existente no local.

Sentindo a necessidade de uma interferência inteligente e racional; uma bela deusa de olhos cinzentos e madeixas levemente loiras em um tom acastanhado, levantou usando uma bela toga branca com adornos dourados e cravejado com botões no formato do rosto de corujas. – Precisamos ser racionais, deixar o orgulho de lado e nos preocuparmos com o que de fato é importante. A ira entre Júpiter e Netuno poderia ser sentida a quilômetros daquele local, mas entendendo a gravidade maior daquele conselho olimpiano, ambos continuaram calados observando Minerva. – O áugure abençoado por Febo... Bem, como todos aqui agora sabem, a alguns anos uma profecia foi escrita sobre um garoto nascido pelo sangue do trovão e do mar; o filho da tempestade. Todos se olhavam, principalmente Juno que parecia ficar cada vez mais descontente com aquela pequena reunião familiar.

Levantando e expelindo um brilho dourado em todo o ambiente, o deus de madeixas louras e beleza intimidadora, levantou, erguendo um pedaço velho de pergaminho:

Entre trovões e mar o guerreiro sublime surgirá;
Honra e gloria seu nome levará aos filhos dos deuses;
Marcado pela vingança um algoz terrível despertará;
E junto com guerreiros sagrados as penas do pavão serão sucumbidas.
A tempestade atingirá a casa sagrada em seu mais intimo seio;
Uma escolha e uma marca levará por toda a vida que abrirá suas maiores feridas;
E junto de inimigos ou aliados encontrará o reino sucumbido pelas trevas;
Tendo a chave mais sagrada para a calmaria ou destruição.

Aquelas palavras pareciam atingir a todos como lâminas gélidas a atravessarem seus corações. Juno passava as mãos em seus cabelos; nervosa principalmente ao escutar o soar do nome de seu animal mais sagrado. Querendo quebrar aquele clima, e levar um pouco de racionalidade em meio aos sentimentos feridos e dúvidas eminentes, Minerva voltava a abrir seus lábios. – Não nos importa mais como aconteceu, o porque aconteceu e quantas pessoas foram feridas em meio a esse nascimento;não temos escolha alguma além de observarmos atentamente o desenvolver desse garoto. Sem mais uma palavra ser dita, o silencio divino marcou o término daquela reunião.

07/07/1997
Hospital Highland, 00:07 h – São Francisco/EUA



Trovões cortavam o céu noturno, aquele de fato não teria sido o melhor dia para o filho de Daisy Devalk escolher para nascer. Uma furiosa tempestade atingirá a costa da Califórnia, deixando ruas alagadas e voos cancelados. Descansando em seu leito, a mulher olhava para a janela, deixando uma lágrima cair de seus olhos esverdeados ao lembrar de seu passado.

Ela sabia que a culpa era dela pela aquela tempestade, que mesmo uma guerreira que fizera pletores serem depostos, sucumbiu perante aos encantos de um deus. Daisy recordava do momento em que aquele “perfeito e adorável” professor se revelou como Júpiter, estando segundo o deus encantado com a bravura e petulância daquela filha de Netuno. – Idiota, idiota, idiota. Ela batia suas mãos em sua testa, sabendo pelo silencio de seu pai que os deuses não a perdoariam, e que apenas o amor de ambos os deuses por ela teria garantido até o momento a sua vida.

[...]

Dois homens andavam em direção a maternidade, ambos com expressões serias e roupas imponentes. Apesar de diferenças físicas, a relação de parentesco entre aqueles homens não passava despercebida. Seus olhos buscaram um nome, um único bebê que teria algo em comum com aqueles dois homens, o sangue. Após convencerem enfermeiras de os deixarem visitar o garoto, ambos entraram no berçário, notando semelhanças entre si e Trevor Devalk, filho de Júpiter e neto de Netuno.

Com a presença das duas divindades, o garoto abriu seus olhos azulados, parecendo contente por ter acordado em um mundo estranho e tendo o prazer de vislumbrar a face de seus familiares divinos. Por um momento a tempestade parou, a boca das divindades esboçou um sorriso de admiração e graça; o mundo teria alguns minutos de calmaria. Brincando com o recém-nascido, ambos voltaram a expressões serias ao encontrarem um o olhar do outro. – O filho é meu, não vejo tamanha necessidade para isso. Um raio irrompeu sobre o céu. – Não sabemos quais escolhas o garoto fará de sua vida, meu descendente terá a minha marca, e nossos nomes acompanharão sua gloria ou fracasso; não deixarei apenas você se vangloriar meu caro. As águas do mar começavam a se agitar novamente.

Sem mais palavra alguma, ambos colocaram a mão direita sobre a nuca de Trevor, deixando uma faísca de seus poderes tomarem conta do garoto. Um filete de eletricidade marcou a pele do garoto, formando o sinal de um raio na nuca do garoto. Um filete de água irrompeu da mão de Netuno, formando a marca de um tridente sobre a nuca do garoto. Ambos os símbolos se cruzavam, formando um X no qual o tridente cruzava para o lado esquerdo, e o raio cruzava a nuca de Trevor em seu lado direito. A cria da tempestade deixava um choro sair de seus pulmões, e na presença de Júpiter e Netuno a cria da tempestade estava marcada.

Dias atuais
Casa dos Devalk’s, 09:23 h – São Francisco/EUA


Acordava com o barulho da chuva e trovões que enfeitavam o céu naquele dia. Sempre me perguntava o porquê daquilo, mas em todos os meus aniversários uma tempestade irrompia em meio a abóboda celeste. Aquela manhã não poderia estar melhor, mesmo que não fizesse mais de cinco minutos que eu estivesse acordado. Assim como aquele fenômeno climático, em todos meus aniversários recebia um presente misterioso, o qual sempre tinha a finalidade de me ferir ou matar. Todos vinham com um bilhete em branco e uma pena de pavão. Minha mãe odiava aquilo, e sempre que me via abrir um daqueles gritava aos ventos palavrões e maldições.

Para completar meu belo dia, á dois dias anteriores eu e meu time tínhamos conseguido conquistar o bicampeonato; sentia um alivio e prazer grande por ter conseguido atingir aquela marca histórica; nenhum time já tinha conseguido vencer consecutivamente, muito menos com o mesmo capitão.

Como sempre minha mãe estava preparando meu café da manhã preferido, ovos com bacon, pão e queijo. Terminava de comer quando recebia um beijo na bochecha, vendo um pacote de presente surgindo sobre a mesa. – Não é todo dia que um jovenzinho campeão como você faz dezessete anos. Parabéns mocinho. Ela sorria enquanto algumas lágrimas de emoção pairavam sobre meus olhos, porém teimosamente eu as obrigava a não escorrer pelo meu rosto. Sentindo um nó na garganta, apenas levantei e abracei Daisy, pegando curioso o pequeno embrulho. – Não precisava mãe... Colocando suas mãos sobre meus ombros, ela sorria ainda mais. – Vamos lá Trevor, não estrague o momento com suas baboseiras e bobeiras. Sorria com o “insulto” recebido.

Rasgava o presente com voracidade, encontrando um anel de ouro com meu nome escrito em seu interior. – Mãe! Poxa é lindo... mas não deveria ter gast... Ela tomava um pouco do meu suco de laranja. – Guarde suas palavras seu chato, esse anel foi me dado pelo seu pai antes que ele fosse embora. Admirando ainda mais a peça, coloquei em meu dedo médio direito e fiquei assombrado quando notei que o anel servia perfeitamente em meu dedo. Dando outro abraço e um beijo na testa de minha mãe, sorri contente. – Caraca, esse é o melhor aniversário de todos. Juntos dávamos risadas e gargalhadas de felicidade.

[...]

Estava ocupado demais tomando banho, quando lembrei de meu maior compromisso naquele dia. Após o jogo, três belas garotas aparentaram um interesse surreal em mim, chegando a marcar de sair para nos conhecermos melhor. Iria convidar dois amigos para ir junto ao encontro; bem... talvez eu iria convidar os amigos. Sorria e olhava meu corpo no espelho. Meus músculos estavam um tanto quanto definidos, graças a intensa carga de atividades físicas que fazia praticando futebol, luta Greco-romana, taekwondo e atletismo. Em minha nuca estava a velha e boa marca misteriosa de nascença. Aquela marca era diferente de tudo o que eu já tinha visto em minha vida, e constantemente perguntava para mim mesmo se ela não teria um significado um pouco mais especial.

[...]

A campainha tocou justamente quando terminava de amarrar os cadarços de meu tênis. Perfumado e cheiroso, “acidentalmente” esqueci-me de ligar para meus amigos os convidando, mas seria talvez egoísmo querer diversão em meu próprio aniversário? Sinceramente acreditava que não. Tentando descer o mais rápido possível, já era tarde demais. Minha mãe estava servindo suco e batendo papo com as garotas em meio a nossa sala de estar. Dando um tapa em minha testa, desci os últimos degraus um pouco mais lentamente. – Há! Ai está você meu filho. Estava conversando com essas “adoráveis” garotas. Ela olhava fixamente para elas, como se as estudasse e analisasse desconfiando de algo.  – Que perfeito mãe. Tenho certeza que as comoveu com suas “maravilhosas” histórias, mas se importa se eu pegar o carro para leva-las ao cinema? Antes que ela pudesse responder algo, peguei a chave e comecei a puxar as garotas para fora, dando um aceno e jogando um beijo em direção a minha mãe antes de fechar a porta. – Beijo e te amo.

Olhava para as meninas que davam risadinhas. – Ufa, essa foi por pouco. Não precisam agradecer garotas, salvei o dia de vocês as poupando de uma grande quantidade de falatório chato. Sorria tentando aparentar ser divertido e interessante, apesar de saber que aquilo não era totalmente verdade; durante anos minha mãe sempre fora uma ótima pessoa com quem podia conversar sobre tudo. Entrando no carro de minha mãe, deixei a garota ruiva ir sentada ao meu lado, enquanto as irmãs gêmeas loirinhas iam sentadas no banco de trás.

[...]

Em meio ao percurso, as garotas conseguiram me convencer que poderíamos fazer algo mais interessante do que assistir um filminho. Elas tinham em mente irmos para um lugar mais reservado e afastado, para que elas pudessem mostrar para mim uma surpresa de aniversário que desejavam me dar. Ansioso para descobrir do que se tratava, dirigi o carro em direção a Preserva Regional Volcanic Sibley.

O local realmente era perfeito. Afastado, recheado de vegetação e nenhuma alma humana viva por perto. Deixando o carro em meio a estrada, sendo guiado e puxado pelas mãos pelas garotas, fui em direção a um paredão cercado de matagal. Elas sorriam bastante, cada uma ficando em um dos meus lados. Retirando minha camisa, revelei todo o meu corpo sarado e minha marca, fazendo com que as garotas mordessem seus lábios inferiores. – Perfeito. Elas disseram em uníssono. Uma das garotas passou suas mãos sobre minha marca, parecendo ter prazer em vê-la. – É tão excitante ver essa marca, você é realmente quem procurávamos. Antes que eu pudesse fazer algo, um sono grunhiu sobre as montanhas, um som mecânico mais parecido com um ronco. Aparecendo montada em uma moto, minha mãe aparecia parecendo carregar com sigo alguns acessórios medievais.

Colocando minha camisa em meu ombro esquerdo, e levantando minhas mãos irritado, olhava para ela. – Poxa vida mãe! Serio mesmo isso? Colocava minhas mãos em minha cintura. – Pensei que confiava em mim, e que não se importava muito com o fato de eu ter uma namorada, ou talvez três. Ela olhava com uma expressão seria em minha direção, empunhando uma espada, o que me deixou bastante assustado e sem entender o que estava acontecendo. – Fique quieto garoto. Apenas confia em mim e saia daí, vem pra cá agora! Fiquei paralisado por aquelas palavras, Daisy só poderia estar ficando doida, ou surtando com a possibilidade de que eu arrumasse uma namorada.

- Pela rainha! A garota loira que estava atrás de mim disse aquelas palavras, retirando uma adaga de sua cintura e preparando um golpe para apunhalá-la em minhas costas. Antes que ela pudesse fazer algo, minha mãe atirou uma faca na direção da mulher, fazendo com que acertasse seu busto a obrigando a largar sua arma. – Corre! Daisy não precisava ter dito aquelas palavras, de verdade ela não precisava. Antes mesmo de escutar o termino de seu grito, comecei a correr deixando minha camisa cair sobre o solo.

Do busto da garota ferida, fios e engrenagens eram possíveis de serem vistos, aquilo não era uma mulher de verdade. As três garotas agora se armavam. Uma pegava do chão sua adaga e empunhava mais uma daquelas armas; outra empunhava facas e a terceira agora segurava misteriosamente uma espada em suas mãos. Minha mãe apontava a espada na direção delas, não teríamos tempo de pegarmos o carro ou a moto.

Avançando sobre nós, estávamos completamente em desvantagem, em número e quantidade de armas. Daisy lutava com uma maestria incrível, conseguindo defender os golpes que duas daquelas coisas tentavam desferir e seu corpo. Infelizmente uma delas estava livre para me matar, e eu indefeso provavelmente não conseguiria correr por toda a vida. Quando menos esperava, meu anel se transformou em uma espada, agora eu não estava mais desarmado.

Não sabia usar aquilo muito bem, mas tentando a sorte no desespero de não morrer, desferi alguns arcos com a arma em direção da garota. Não consegui acertar com precisão nenhum dos golpes, apenas consegui cortar um pouco o cabelo da garota e fazer com que ela parasse de tentar me apunhalar. Dando um chute como se ela fosse uma bola de futebol, a afastei e olhei para minha mãe, que mesmo tendo ferido consideravelmente seus adversários, também estava ferida. – Mãe! Ela golpeou uma das garotas na cabeça e afastou a outra com um golpe de espada. – Não temos tempo, você precisa sair daqui Trevor! Corra e vá para o túnel Caldecott, não vou demorar a alcança-lo! Pela expressão em seu semblante, discutir não iria me ajudar em nada.

Correndo o máximo que conseguia, disparei em direção ao local o qual tinha sido ordenado a ir. Dando uma olhadinha para trás, senti um aperto no coração por deixar minha mãe ali sozinha, mas algo me dizia que ela era mais esperta e forte do que eu pensava. Para meu azar, a bendita loirinha já estava recuperada do chute recebido, e corria em minha direção.  Consegui sair da reserva antes que ela conseguisse me alcançar, mas não teria aquela sorte durante o restante de meu percurso.

Sentindo um soco em minhas costelas, rolei pelo chão afora ralando meus braços e pernas, eu teria que lutar. Sentindo o barulho de metal batendo contra metal, via minha espada defendendo o golpe da adaga. O gingado de meu corpo certamente fez com que eu conseguisse sair vivo daquele encontro, pois conseguindo fazer esquivas e desviar de alguns golpes, sentia que poderia vencer meu oponente. Mesmo não tendo muita sorte em meus golpes, e sentindo meus braços começarem a doer por causa do esforço anormalmente grande que estava fazendo; recebi um chute em meu estômago, caindo com meus joelhos no chão.

- Fraco! aposto que sua mamãezinha também irá morrer de maneira tão deprimente quanto você semideus. – Semi o que? Não entendia o que ela falava, mas algo dentro de mim parecia emergir de minhas entranhas. Antes que a loira pudesse acertar seu golpe fatal em meu peitoral nu, senti uma corrente de energia transpassar meu corpo, de modo que ao segurar o braço da garota, a corrente elétrica passou pelo seu corpo, eletrocutando seus circuitos mecânicos.

Sendo destruída pela eletricidade, o corpo da garota começava a se desintegrar em uma nuvem de pó dourado e faíscas. Apesar da vitória, meu corpo estava exaurido, e a preocupação com minha mãe apenas aumentava após o que a garota dizia. Temendo pelo pior, minha vontade era de retornar e descobrir o que tinha acontecido a ela, mas sabia que além de não poder ajuda-la, ela não ficaria nada contente por eu desobedecer uma de suas ordens. Vendo que minha espada novamente havia se transformado em um anel, o coloquei no dedo e esforçando ainda mais meu corpo, voltei a correr em direção ao túnel.

[...]

Vinte minutos se passaram, e a cada passo que dava, o local parecia ficar mais distante. Não entendia nada do que estava acontecendo, apenas andava, pois minhas pernas já não aguentavam mais correr, mesmo com todo o meu preparo físico. Garotas mecânicas, mãe guerreira, anel que se transforma em uma espada e aquela estranha sensação que me abateu ao ter sem querer eletrocutado meu inimigo. Minha cabeça explodia de dor, o mundo ao meu redor parecia rodar e apenas levando minha mãos em minhas costas, notava que uma maldita pena de pavão estava alojada em minha carne, enfiada provavelmente por aquela garota. Retirando o objeto e o jogando no chão, não aguentava mais, iria desabar.

Caindo sobre o solo duro, meus olhos estavam semicerrados e a dor de meu ferimento fazia todo meu corpo arder. Conseguindo notar dois semblantes de garotos vestidos com armaduras, desmaiei antes que pudesse falar qualquer palavra.

– Veja Aldebaran, mas o que é isso? Os dois garotos de aparência militar olhavam a tatuagem de Trevor, notando os símbolos e levando suas mãos até a boca. – Leve-o para dentro e traga reforços, precisamos descobrir o que aconteceu. O filho de Júpiter e neto de Netuno não sabia, mas sua vida estava prestes a mudar, um novo mundo estava prestes a descobrir e segredos seriam revelados sobre seu passado; ele estava no acampamento Júpiter.

Legenda:

Armas citadas:

Poderes :

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Mensagem por Ártemis Seg Set 08, 2014 11:52 pm

Aprovado. De verdade, está muito bom... A melhor ficha que li até hoje Shocked

Legado do mês de setembro: 1/2


Última edição por Ártemis em Seg Set 15, 2014 8:51 pm, editado 2 vez(es)
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[Teste] Legados (Gregos e Romanos) (Y) Empty Re: [Teste] Legados (Gregos e Romanos) (Y)

Mensagem por Camille Reynolds Dom Set 14, 2014 7:17 pm



Camille Elizabeth Reynolds
Camille é antes de tudo uma lutadora ...  Que venha a vida....


 
Nome: Camille Elizabeth Reynolds
Idade: 17 anos
Local de Nascimento: Nova Iorque
Nome do(a) progenitor(a) mortal: Anabella Reynolds
Nome do(a) progenitor(a) divino(a): Hades
Descreva como você é, física e mentalmente:  
Dona de um ar misterioso e frio, fui criada como uma arma sem sentimentos de pena ou remorso. Por não ter tido uma criação comum, minhas relações são baseadas sobre meu próprio interesse, sendo que o contato que tinha com pessoas além de minha mãe, sempre foram forjados. De ar sedutor e físico atlético, meu corpo malhado possuem curvas tão perigosas como a mais cruel das estradas. Possuo cerca de 1,68 metros de altura, cabelos tão loiros quanto o brilho do ouro e olhos verdes. Minha pele é um tanto quanto pálida, resaltando a beleza de meus carnudos lábios vermelhos de coloração sanguinária.

Conte sua história, narrando desde sua infância até sua chegada ao Acampamento:
Narre um encontro entre você e seu pai/mãe, pode ser direta ou indiretamente:


Introdução
Meu nascimento é uma lenda, uma história urbana de terror e tristeza. De onde vim ou para onde irei é um mistério; e minha mãe pouco se importa em revelar algo de útil para alimentar as lembranças de meu nascimento. Lembro-me de morar com minha mãe á quatorze anos no Brooklyn, um dos condados mais famosos de Nova Iorque. Nossa casa se localizava próximo cemitério Green-Wood, local escolhido criteriosamente por minha mãe; que dizia ser aonde poderíamos viver mais protegidas. Desde pequena não era apenas a “filhinha da mamãe”, era a arma que aquela mulher usava para resolver seus problemas financeiros. Dotada de beleza esplendida e corpo esbelto, desde meus cinco anos minha mãe treinava meu corpo e meus instintos para que me tornasse a melhor arma de intimidação que um ser humano poderia ter.
Anabelle Reynolds, mais conhecida pela sua beleza e por ser a minha mãe; todas as noites passeava sozinha pelo cemitério perto de nossa casa; dizendo precisar de usar seus dons para garantir nossa sobrevivência. Apesar de já ter pressentido e visto a mulher usando suas habilidades mágicas, durante as noites de meu descanso sagrado perguntava a mim mesmo o que ela fazia, e se merecia uma vida como aquela. O mundo parecia odiar a minha vida, e por sua vez eu odiava aquele mundo no qual nasci. Sem um pai, irmãos ou uma família; meu único porto seguro era Anabelle, mas ela também era a pessoa que mais parecia odiar minha existência.
1978
                         
-       Acampamento Meio-sangue, 23:58 h - Nova Iorque/EUA   -  
Aquele acampamento não era apenas meu lar. O lugar emanava magia e poder, o que fazia com eu me sentisse estando nos braços de minha mãe. Os anos naquele lugar pareciam terem passado com o piscar de meus olhos. Treinamentos divertidos, boa comida, aventuras de arrepiar os cabelos de minha nuca e amigos; não precisava de mais nada do que tinha, até porque tudo o que tinha estava naquele lugar. Meu pai fora assassinado poucos meses após eu ter chegado naquele local, e o restante de minha família renegava a minha existência. Não tinha motivo algum para abandonar aquele lugar, pelo menos não á uma semana atrás.  

[...]

Em missão de resgate, estava em uma fazenda no Norte dos EUA, aonde um filho de Zeus fora rastreado por Quíron e mais alguns sátiros. Sabia que não seria fácil, Hera estava atrás daquele fruto da traição do rei dos deuses, e a deusa não descansaria até conseguir dar fim ao semideus. Apenas com a companhia daquele ser da natureza seboso, sabia que o “pequeno super boy de Smalville” não demoraria a ter problemas.

Aquela maldita fazenda onde o garoto morava de favor era um tanto quando extensa, obvio que a mãe do garoto o teria abandonado em um lugar como aquele; tudo em prol de uma vida mais tranquila. – Estamos chegando Ana, apenas mais um quilometro. – Não sabia o que estava me irritando mais, aquela demora e caminhar em pastos cheio de esterco, ou ter que aguentar o olhar safado daquele sátiro sobre meu corpo. No horizonte era possível avistar uma grande casa, só faltava eu ter que procurar em todo aquele edifício o filhote de Zeus.

[...]

O tempo parecia estagnar em meio ao sol daquela tarde. Após ter procurado em todas as construções daquela fazenda, todos pareciam contar a mesma história; o garoto fugiu daquele lugar na noite passada. Não tendo muita escolha, precisava voltar para o acampamento, com a missão falhada e uma raiva colossal esmagando meu peito. – Malditos filhos dos três grandes! – Após proferir aquelas “sabias palavras”, um grito ecoou em meio a um vale próximo da fazenda. – Ótimo, tomara que seja mais coisas “tãoooo” divertidas de se fazer. – Correndo com o ser da natureza logo atrás de si, a garota fazia com que sua varinha mágica se transformasse em uma espada.

Ao chegarem a origem daqueles gritos, um garoto loiro de olhos azuis encostava em uma árvore, tendo em sua frente um belo pavão que o encarava. O animal abria suas penas levemente prateadas, que se assemelhavam a dardos de batalha. Aquele símbolo era inconfundível, o brilho louco no olhar do bichano só poderia simbolizar uma coisa “Hera”. Provavelmente aquele era o mensageiro-assassino da vez da deusa, minha missão estava bem em minha frente. – Tente pegar o garoto e leva-lo para longe, irei distrair essa aberração! – Dizia em direção ao sátiro.

A criatura começava a tocar sua flaute feita de bambu, fazendo gavinhas crescerem sobre o solo e puxarem o corpo da prole de Zeus para perto, afastando o garoto daquele pavão misterioso, que de fato era um pássaro formoso. Eu precisava cuidar daquele animal, não poderia confiar apenas nas habilidades daquele sátiro para a execução do resgate. Apontando minha espada em direção ao animal, tentava intimida-lo. – Vai para lá sua coisa esquisita! – Os olhos do pavão brilhavam em uma tonalidade mais escura, e suas penas brilhavam mais intensamente.

Antes que eu pudesse fazer algo, o animal bateu suas asas, fazendo com que suas penas-dardos voassem em minha direção. Um dos projeteis acertaram minha perna, enquanto outro ocasionou um corte em minha bochecha esquerda; maldita Hera. Usando meus dons de magia, tentava lançar bolas de energia na direção do animal, que apenas desviava e corria em minha direção. Tendo um breve vislumbre da posição de meu aliado, reparei que aquela luta já poderia ser um pouco mais agressiva, o garoto já estava em uma distancia segura. Deixando o monstrengo animalesco se aproximar de mim, criei clones de mim mesma, o confundindo. Antes que ele pudesse tentar usar suas penas para descobrir qual era a verdadeira eu, agarrei seu pescoço e com um golpe de espada o corte, espalhando um brilho prata-roseado em meio a uma nuvem de pó dourado.

[...]

Apenas precisava conduzir os garotos para longe daquele lugar, apenas precisava de chegar até algum meio de transporte. Enquanto cruzávamos um pasto, sentia que algo estava errado, como se estivesse observando nossos movimentos. Antes que pudesse pular a cancela juntamente com meus companheiros, uma vaca cruzou meu caminho, olhando como se enxergasse minha alma. Fazendo um gesto com minhas mãos para que o sátiro e o filho do deus rei continuassem, empunhei novamente minha espada. – Acredita realmente que tudo pode ser resolvido com um simples golpe de espada? – Uma voz bovina tomava conta de minha mente. – Quem está ai? Apareça! – Nada parecia se movimentar em minha direção, eu estava sozinha com aquela vaca. – Não reconhece a exuberância de uma deusa garotinha? – Enquanto dava alguns passos para trás, aquela magnífica vaca tomava a forma de uma mulher, aquele era o meu fim.

A  rainha dos deuses estava vestida com um vestido longo branco, adornado por fios de ouro e penas de pavão. Ela possuía uma coroa emaranhada em seus cabelos, e em seus braços inúmeras joias pendiam enfeitando seu corpo. – Acha mesmo que pode se colocar entre uma deusa e seu “afilhadinho”? – Eu não sabia o que dizer, certamente Hera iria me matar. – Maldito seja as leis que me impedem de mata-la garota, mas minha fúria se apossará de seu corpo; para sempre terá em mente uma lembrança desse nosso pequeno encontro! – Com um gesto de mãos, a deusa fez com que penas iguais as do pavão morto, envolvessem o corpo de Anabelle. As penas foram entrando em seu corpo, fazendo gritos de dor se espalharem sobre o campo silencioso. Formando um casulo dentro de meu corpo, senti todo o meu sangue se tornar leitoso. – Pelo leite divino encontrará sua derrota. Seu sangue se tornará leite, seu corpo fraquejara, e em um belo pavão ainda se transmutará. – A maldição percorria o meu corpo, sentia minhas pernas fraquejarem. – Irá morrer lentamente, amargurando o mesmo sofrimento que aflige meu coração a cada segundo que esse garoto vive. Aproveite bem garotinha, pois doze são os anos que lhe restam de vida, doze são os estágios de dor agonizante que sentirá, e quando sua morte chegar; minha serva se tornará! – Em um clarão de luz, tudo se tornou apenas pensamentos e escuridão.

[...]

- Acorda, acorda! – Ouvia vozes lentas e confusas ao meu redor. Estava fraca, sentia como se estivesse flutuando sobre o ar. Abria meus olhos tentando olhar ao redor, vendo em primeiro momento apenas borrões de imagens. –Ela acordou! – Passado quase um minuto, minha visão começou a se acostumar com a claridade, e meus ouvidos regularam melhor minha audição. – A... aonde estou? – A voz saia fraca de meus lábios. Ao lado de um leito hospitalar, alguns campistas olhavam atentamente para mim. – Está bem? – Todos pareciam apreensivos. – Não lembro o que aconteceu, aonde... – Entre os campistas e curandeiros, um sátiro abria espaço. – Sabia que se recuperaria gatinha. Juro que não espécie seus seios enquanto estava desmaiada. – Meus olhos piscavam rapidamente, tentando fazer com que meu cérebro distinguisse aquela cena. – Você o que? – Segurando uma de minhas mãos, aquele ser nojento suspirou, tentando conter sua excitação. – Você estava demorando demais para ir atrás de mim e do faísca, então achei que algo estava errado. – Meu cérebro tentava ligar uma coisa com a outra. – Quando chegamos até o pasto, você estava desmaiada e gélida... fiquei com medo de que tivesse... – Dava longas lufadas de tosse. – Bem. Trouxe você de volta para o acampamento, e está desmaiada á doze dias. – Eu estava lenta era verdade, mas aos poucos um fato se ligava a outro em minha mente. Lembrava do que tinha acontecido, e sabia que aquele acampamento não era mais o meu lar.

...
Acampamento Meio-sangue,... –Nova Iorque/EUA

- Querido diário.
Logo após o treinamento dessa manhã, corri para o banheiro e vomitei uma grande quantidade de sangue. Não posso mais viver em um lar protegido pelos deuses, se os deuses me condenaram a morte.


Terminando de escrever, olhava a beleza da noite escura que abraçava o chalé de Hecáte. Meus meio-irmãos já estavam dormindo, e minhas malas estavam em cima de minha cama, prontas para minha partida. Não desejando demorar mais do que o tempo suficiente naquele lugar, peguei minhas coisas e sai de meu chalé.

Teria que tomar cuidado com as harpias. Esquivando meu corpo magro em meio as sombras, desejava que minha mãe protegesse meus passos, principalmente os que daria após sair daquele lugar. Mesmo perdendo vários minutos, enfim tinha conseguido chegar até o pinheiro de Thalia. Olhava para trás, enxergando o acampamento adormecido em meio a penumbra, e em minha frente o vazio da solidão de um mundo perigoso, mas que a partir daquele momento seria o meu lar.

11 anos e meio passados
Castle Hills, 03:00 a.m – Bronx/EUA

O calendário de minha existência estava cada vez mais curto e corrido. Apenas mais alguns meses separavam minha vida de minha morte, eu odiava aquela maldição. Meus dons mágicos já não eram mais o bastante para manter os cofres de minha casa cheios, estava falida em meio aquela selva de gangues, pobretões e sujeira. O desespero tomara conta de meu ser, não podia simplesmente entregar minha vida daquela forma nas mãos de minha algoz.

Com um livro de invocação de demônios em mãos, partia em direção a um dos cemitérios daquele condado de Nova Iorque. Carregava comigo todas as velas e sacrifícios que seriam necessários, eu não iria morrer. O ar gélido noturno faziam meus cabelos voarem sobre o vento, sentia a penumbra fortalecer meu corpo frágil e magro; aquela seria a noite que marcaria a firmação de meu pacto com Hades.

O lugar estava vazio. Nem mesmo os inúmeros mendigos daquele lugar se atreviam a permanecer ali durante a noite. Desenhando sobre um dos túmulos um pentagrama, em cada uma de suas extremidades escrevia uma das letras da palavra “morte” em grego. Θ,ά,ν,α,τ, e um “ο” no centro do desenho. Colocando um cálice com vinho em um lado, um dracma em cada ângulo que se formava entre os vértices, e usando meus poderes para atear fogo em tudo, esperava pacientemente ás chamas consumirem as marcas de meu ritual.

Apontando minhas mãos em direção a terra, brandia palavras em grego antigo. - Ο βασιλιάς του θανάτου και άρχοντας των ψυχών. Επικαλούμαι την παρουσία σας ανάμεσα στους θνητούς, για να βοηθήσει να σωθούν μου από την τελική λαχανιάζει μου. (Ô rei da morte e soberano das almas. Invoco tua presença em meio aos mortais, para que ajude a me salvar de meus suspiros finais.) Todo o local começou a tremer, as chamas tomaram uma coloração esverdeada, os mortos pareciam cantar em saudação ao deus, e em meio a terra e as chamas, um homem de pele pálida, cabelos negros e vestes mortuárias apareceu em minha frente.

[...]


Hades possuía um olhar gélido. Um olhar que fazia meu corpo se arrepiar graças a sua presença, e minha vontade de viver diminuir. Analisando com desprezo todo o lugar, o homem mexia sua boca. – O que pensa estar fazendo mulher? – Segurando o livro antigo de rituais em mãos com mais força, pensava se tinha realmente feito bem em chama-lo até ali. – Achei a um tempo esse livro antigo de magia, os gregos possuíam um conhecimento fantástico em invocação de deuses. – Mostrava o livro para o deus. – E o que pouco me importa isso? Não me chamou aqui para contar historinhas e relembrar coisas que estou farto de saber, ou foi? – Sua voz era seca, fria e mortífera. – Não... tenho uma oferta a fazer.

Explicando toda a sua história para o deus do submundo, a mulher ajoelhava em seus pés, com seus cabelos loiros reluzindo sobre a luz do luar, e seus olhos verdes repletos de lagrimas. Hades olhava para a mulher, parecendo não se comover com tamanho sofrimento da semideusa. – Levante-se mortal. – Levantava receosa, pelo menos ele talvez acabaria me concebendo uma morte menos dolorida do que aquela maldição, e mais honrosa do que servir Hera pela eternidade.
Para meu espanto e surpresa, o homem envolveu seus braços sobre meu corpo, se aproximando para um abraço. – Não tenho pena alguma de você, mas não estou em um dia feliz. – Apressadamente ele soltava meu corpo. – Aquela maldita mulher! Como ela ousa levar malditos mortais para dentro do meu reino, deitar com eles em nosso leito e jogar em minha cara que eu não a faço feliz?! – Minha mente demorou a entender do que ele dizia, e ao lembrar das historias que ouvia quando ainda morava no acampamento, soltei um suspiro. – Há Zeus... não imaginava algo do tipo... – Com um aceno raivoso com suas mãos, as plantas que estavam perto do cemitério murcharam. Lágrimas de fúria preenchiam os olhos fundos do homem, nunca tinha pensado que ele poderia aparentar ser tão atraente. Seus cabelos negros e longos caiam sobre sua face pálida, seu corpo levemente magro exaltava a beleza de alguém que não tenha um corpo sarado e seu ar exalava mistério e morte. Uma ideia pairava em minha mente, poderia ser algo um tanto quanto inusitado, mas pelo menos poderia resolver parte de nossos problemas.

Chegando próxima do deus que se segurava em um tumulo, encostei uma de minhas mãos em seu peitoral, enquanto meus lábios iam de encontro a sua orelha. – Talvez eu possa ajuda-lo, sabe... poderia se vingar de sua mulher. – Um arrepio gélido parecia tomar conta de todo o ambiente, o silencio noturno adentrava meus ouvidos como a sinfonia da morte; não fazia ideia de como Hades se sentiria diante de tal proposta. O ar entre ambos os corpos parecia ficar mais denso, a tensão tomava conta de meu coração; meu destino estava traçado. – O que insinua em relação a isso? – Sua voz fazia meu espírito desejar fazer uma viajem apenas de ida para o submundo. – Sabe... não acho justo alguém como você ser enganado por sua mulher... talvez essa não tenha nem mesmo sido a primeira vez que isso aconteça. Poderiamos nos ajudar... – O deus olhava meu corpo dos pés a cabeça. – Seja especifica, o que propõe? – Passando minhas mãos em sua barba por fazer, fechei meus olhos e disse. – Proponho que cuide de mim, me cure desse mal que atormenta meu corpo; e em troca serei a sua amante mais fiel, que estarei de prontidão para cuidar de você sempre que precisar. – Novamente aquele silencio perturbador. Sem receber resposta alguma, o homem puxou meus cabelos, dando um beijo em me pescoço e levando suas mãos pesadas até meu busto. – Eu posso pensar no caso... – Sem trocarmos mais palavras, a noite fora testemunha de nosso acordo, e no chão daquele cemitério minha vida estava para ser mudada completamente.

Oito meses e meio depois


Como é desagradável sentir os pés de um feto baterem em sua barriga. A pelo menos seis meses Hades não fazia mais suas visitas, preocupado que sua mulher ou Zeus descobrissem o que tinha feito. Tendo cumprido sua promessa, o deus me deu de beber do vinho das lendárias cascatas dos Campos Elísios. O vinho além de não ter me embebedado na época, estagnou a maldição que percorria em meu corpo; sendo que nem mesmo os deuses poderiam conter os poderes de cura daquele lugar.

Não estava segura. Diante de minhas relações com o senhor do submundo, uma criança crescerá em meu ventre, uma criança que não era bem-vinda e muito menos fazia parte de nosso acordo. O deus repugnava aquela criança, ela seria a marca viva de sua traição. Preocupado com o meu futuro, já que segundo ele aprendeu a me amar com o tempo, e com as consequências que aquele fato poderia gerar, mais de uma vez Hades pediu que eu abortasse a filha que crescia dentro de mim.

Não dando atenção para o pedido do deus, estava disposta a criar o fruto daquele amor, ter uma recordação do deus que me salvou de um futuro de morte e serventia. Não estava segura ali, precisava de um lugar escondido para ter minha pequena garotinha. Andado solitariamente pelas ruas da cidade, começava a sentir dores em meu ventre, um liquido escorria pelas minhas pernas, e a chuva começava a cair ligeiramente; minha bolsa tinha estourado. Tentando correr para o hospital mais próximo, não aguentei dar mais do que alguns passos; a dor era imensa e chorando em meio ao relento, gritava de dor.

Desesperada e clamando por uma ajuda divina, estava para desistir. Antes que pudesse ser tarde demais, uma mulher aparentemente nova e vestida com trajes de freira, apareceu ao meu socorro. – Não sei que tipo de deus fez ou faria isso, mas obrigada. – Dizia chorando.

[...]

A igreja daquele bairro era escura, fria e pequena, mas para quem estava jogada ao relento, aquele era o paraíso. Com um leito improvisado sobre o altar, a freira fazia meu parto, usando de técnicas rudimentares para ajudar á pequena Camille nascer. Os gritos e choro que emitia eram calados pelo barulho de raios, a tempestade estava forte, mas mesmo ela não foi forte o suficiente para deter o barulho do choro de Camille; minha filha tinha nascido.

Submundo

Palácio de Hades, 21:00  pm – Desconhecido/EUA

- Não seja hipócrita! Não foi uma ou duas vezes que você me traiu, aqui mesmo dentro de nossa casa! – Hades gritava enquanto Perséfone saia a quebrar algumas peças de louça. – Mortal maldita! Essa mulher não pode continuar a viver! – Em meio a discussão do casal divino, dois homens aparecem na porta do palácio. {Bam, bam, bam}. – Mas que droga... – Antes que pudesse completar sua frase, o deus abriu a porta, vendo seus dois outros irmãos olhando de maneira seria para ele. – Precisamos conversar, agora!

Levando seus irmãos até a sala do trono após despachar sua mulher para o quarto, o rei do submundo sentava em seu treino feito de metal negro e ossos. – E então, a que devo o ar da “graça” de estarem aqui? – Sua voz era emitida em um tom seco e grave. Tentados a não começarem uma guerra, os outros dois divinos preferiram ir diretamente ao assunto. – Você sabe muito bem o que está acontecendo nesse momento. Não é atoa que Perséfone está brigando com você. – A garganta de Hades parecia secar, de todos os assuntos possíveis aquele era o pior do qual poderiam tratar. – Vieram se meter no meu relacionamento com a Pers... - - Nos poupe por favor. Sabemos que uma filha sua está para nascer. – Os olhos do deus pareciam ficar mais fundos. – A que se dane! Vocês vivem fazendo filhos nos quatro cantos do mundo; acham que apenas vocês podem se divertir?! – Esbravejava com raiva. Sabe que não é apenas uma filha qualquer! Você desafiou os deuses e adormeceu a maldição de Hera na mãe da criança, sabe que é uma atitude inaceitável! – O deus do submundo se segurava para não levantar de seu trono. – Se vieram aqui para ofender a minha honra... – Interrompendo Hades em seus próprios domínios, Zeus levantou sua voz. – Não. Estamos aqui para buscarmos juntos, uma solução para esse problema.

Interessado no que ouvirá, Hades conjurou duas cadeiras de ossos para os seus irmãos sentarem. – Digam do que se trata... – Retirando um rolo de pergaminho do bolso, Poseidon a abriu para ler. – Apolo nos mostrou essa profecia, acreditamos que tenha alguma relação com um garoto, mais precisamente um filho meu ou de Zeus. – Levantando-se da cadeira, o deus começou a ler:

“Do sofrimento e dar dor irá surgir;
Para fazer o mundo padecer;
Uma maldição sagrada há de sucumbir;
Com a maldade em seu ser;

Pelas sombras a tempestade terá seu destino traçado;
Donos de destinos opostos;
Seus caminhos irão se cruzar;
E influenciado pela morte;
A Tempestade fará sua escolha maldita.”


Logo ao terminar de ler, o deus dos mares se colocou ao lado de Zeus. – Sabe da existência da profecia tempestuosa, todos estamos preocupados com o quão sombria essa outra profecia pode levar a destruição. Não podemos correr riscos... – Hades parecia entender a gravidade daquele problema, mas dar a sua filha que nem ao menos se sabe ser a dona da profecia, talvez um preço alto demais para a paz daqueles que sempre o desprezaram. – Não tenho tempo para ladainhas, digam o que querem propor. – Com um breve sorriso no rosto, o rei dos deuses se virou. – Hera nos contou sobre a maldição que a mulher carregava. Não deveria ter intervido sobre esse assunto; mesmo que eu o agradeça por isso pois aquela mulher salvou a vida de um dos meus filhos. Resolvemos deixar o destino guiar nossos caminhos... Apenas retire o efeito do vinho, deixe a dor e o sofrimento voltarem. – Aquilo tudo parecia assombroso, mas o deus sabia que era o correto a ser feito. – Está bem, será como quiserem.

Quatro anos após o nascimento de Camille


A rua estava escura. O silencio noturno assombrava até mesmo os mais corajosos que diziam nada temer. Caminhando em direção ao cemitério, um homem com roupas negras e pele pálida parecia agir com naturalidade, não temendo as sombras ou os perigos que poderiam atingi-lo. Guiado pelo choro doloroso que conhecia tão bem, o deus procurava por sua amada; a encontrando abraçada sobre um dos túmulos. – Não deveria desejar a morte com tanta vontade; acabarei ficando com ciúmes de Thanatos. – Pela primeira vez, a voz daquele homem não parecia tão cruel ou amedrontadora, estava em uma tonalidade de diversão e sarcasmo. – Para você é fácil dizer isso, é imortal. – O desespero estava estampado na face de Anabelle.

Sentindo uma ponta de culpa por ver aquela mulher sofrendo tanto, Hades encostou sua mão sobre os ombros da mãe de sua filha. – Já deve ter notado que anos se passaram e ainda não morreu. – Chorosa, a mulher levantou sua cabeça. – Sério? Como você é um bom observador. – Suspirando pesadamente, o homem olhou para a mulher. – Não é isso. Deve ter notado que mesmo estando amaldiçoada por Hera novamente, os doze anos se passaram... deveria saber o porque disso. – Parecendo raciocinar, a mulher levantou. – Verdade, como isso é possível? – Sentando sobre o tumulo no qual a mulher estava abraçada, o deus acariciava a face de Anabelle. – Quando nossa filha nasceu, fui obrigado a retirar o efeito do vinho que beberá, e no mesmo instante as pequenas penas de pavão voltaram a fazer efeito. Hoje acredito que sei o porquê de terem pedido que fizesse aquilo. Nossa pequena Camille... um terço das penas metamorfosearam para o organismo dela, fazendo com que você vivesse por um tempo maior. Em contra partida, ela também sentira dores. Como a maldição não fora feita para ela, existe uma maneira de reduzir suas dores, de propiciar uma cura momentânea para nossa garotinha... – A mulher chorava ainda mais. – Hera terá prazer em ver o fruto de nossa relação sofrer, mas vera gloria maior ainda em ver a garota provando do sangue de seus adversários. Sempre que Camille tiver uma crise, apenas bebendo o sangue de um oponente a garota irá fazer a maldição novamente adormecer em seu corpo.

Silencio como sempre, aquele casal não era perito em terem conversas longas, principalmente sobre suas vidas e a vida de sua filha. – Você está dizendo... que eu devo obrigar a garota a beber sangue? – Um ar de loucura passava sobre a face da mulher. – É a única forma de determos a maldição, mesmo que dure apenas até um certo tempo. – Não aguentando ouvir aquelas palavras, a mulher se levantou e foi embora, sumindo em meio a escuridão.

Dias atuais


A lâmina de minha faca abria a carne de um dos meus alvos. Aqueles devedores tinham dado azar, aceitarem efetuar uma cobrança justamente para minha mãe... loucos. Desde quando eu  era pequena, minha mãe me treinara para suportar os maiores sofrimentos possíveis. Passei dias sem me alimentar, noites dormindo nua sobre o relento gélido da noite, sofrendo tentativas de abusos e sendo esbofetada quando chegava em casa. Toda a educação que tinha, recebi em casa aonde aprendi desde a ler até a encontrar o ponto mais vulnerável do corpo de um homem. Aprendi a usar armas, a me esconder em meio as sombras, a ser mais silenciosa do que um gato; aprendi que apenas minha mãe importava para mim nesse mundo.

Sentia aquele nojento gosto de sangue em minha boca. Desde pequena minha mãe me obrigava a tomar sangue, principalmente quando eu sentia aquelas malditas dores em minha barriga. Ela dizia que aquilo era para meu bem, que aquilo garantiria uma vida menos dolorida para mim. Nunca a desobedecendo, por mais que odiava fazer aquilo, retirava sempre um copo do sangue de meus oponentes, para que pudesse usa-los como remédio enquanto a agonizante dor parecia perfurar meu estômago.

Sempre a ajudando a obter dinheiro através de ameaças, assassinatos e outros serviços mais discretos, não demorou muito para mudarmos de vida. Agora morávamos em um bom lugar, tinham luxo e amor. Infelizmente o destino parecia não gostar de mim. Minha mãe estava cada dia mais doente, e a semanas não conseguia se levantar de seu leito.

Ao voltar para casa naquele dia chuvoso, ela se encontrava ainda mais agoniada, tossindo sangue enquanto terminava de escrever algo em um papel. – Venha até aqui pequena... tão linda quanto um dia já fui, e tão misteriosa quanto a sua avó e seu pai. – Meu pai, minha mãe nunca comentou nada sobre ele, eu era proibida de tocar naquele assunto. – Descanse mamãe, a senhora precisa guardar suas forças. – Ela tossia ainda mais. – Não adianta, sinto a transformação começar... minha hora chegou. – Não entendia nada do que ela dizia, transformação? Provavelmente ela estava delirando. – Apenas descanse mamãe... - - Não minha filha, você não entende... apenas me prometa uma coisa. – Com lágrimas em meus olhos, tentava ser o mais forte possível. – Eu prometo. – Colocando o pedaço de papel em minhas mãos, a mulher segurou firme meus dedos com ambas as mãos. – Me mate. Não posso suportar ter uma vida como a que me aguarda. Enfie um de seus punhais em meu coração, e logo após leia a carta. – As lágrimas escorriam mais rapidamente de meus olhos. – Mas... – Anabelle segurava com ainda mais firmeza. – Apenas faça! Você precisa fazer esse favor para mim, te imploro! – Minhas narinas se entupiam, e meus olhos ficavam vermelhos de tanto chorar. – Tudo bem... mas... - - Sem mas. Apenas me perdoe minha filha, odiei tanto ter voltado a ser amaldiçoada, que forcei sua vida ser tão horrenda como a minha. – Colocando uma adaga em minhas mãos, a mulher que deu a vida para mim, agora fazia com que eu retirasse a sua; cravando aquela arma em seu coração.O sangue de minha mãe estava sobre minhas mãos. Chorando compulsivamente, lia as ultimas palavras que ela registrara naquele papel.

Não entendia ao certo nada do que estava escrito. Aquele pequeno texto dizia coisas sobre deuses gregos, meu pai ser Hades, uma maldição mandada por Hera sobre minha mãe, sobre meu nascimento e minha vida... e no final um endereço, ao qual dizia ser o único lugar ao qual poderia ser livre e encontrar proteção. O lugar não ficava longe, em Long Island, um pouco mais ao leste de Nova Iorque. Vendo o corpo de minha mãe morto sobre a cama, apenas podia fazer uma coisa; respeitar a sua vontade e cumprir seu ultimo desejo, ir até aquele local e descobrir um pouco mais sobre quem eu realmente era.

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Mensagem por Ártemis Seg Set 15, 2014 11:36 am

Pelos deuses, vocês estão superando um ao outro O.O
A história está muito boa, mas tome cuidado com a narração e, um pouco, com a descrição. Bom, sem comentários adicionais, parabéns Shocked


Aprovada, filha de Hades e neta de Hécate ^^

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Mensagem por Joshua K. Cavendish Qua Out 01, 2014 12:06 am

Nome: Joshua Knight Cavendish
Idade: 17 anos
Local de Nascimento: Nascido em San Francisco, porém desde bebê morando em Seatle.
Grego ou Romano? Romando
Progenitores e suas filiações (seus pais e seus avôs, tanto divinos quanto mortais):
Meu pai é Anthony Knight Cavendish, meu avô é Eólo e minha mãe é Belona
Características físicas e psicológicas:
Meu corpo é atlético graças as tantas atividades físicas que meu pai me obrigara a fazer, tenho cabelos negros e curtos, sorriso sempre a mostra e pelo morena. Normalmente sou alguém calmo e tranquilo que busca resolver as coisas na conversa, perto dos outros sou um pouco introvertido e tímido, porém quando perco a paciência é melhor sair da minha frente, por que meu lado agressivo logo vem à tona.
Conte-nos sua História (mínimo 20 linhas, do seu ponto de vista):

[17 anos atrás...]
Apesar da pouca idade, Anthony já havia deixado a legião após prestar onze anos de árduo serviço militar, tendo sido iniciado no trabalho aos onze anos. Numa noite nublada a qual ele resolveu não se divertir com os amigos em Nova Roma, alguém bateu na porta misteriosamente perturbando o descanso do jovem semideus. Anthony abriu a porta esperando ver algum vizinho com problemas já que ele ajudava todos com problemas elétricos ou mecânicos, porém era uma moça quem o observava de perto.

Trajava vestes negras, porém pela brecha no manto escuro podia ser visto uma camiseta negra e uma calça de mesmo tom, além do cabo de um gládio cravejado em joias rubras como o sangue. O rapaz ficou ao mesmo tempo surpreso e indeciso, aquela era a mesma mulher com quem passara sua melhor noite alguns dias atrás, contudo ela sumira por vários meses e agora retornara com uma criança nos braços.
- Quer... entrar?
- Não posso Anthony, infelizmente não. Na verdade você mesmo não pode ficar aqui por muito tempo.
- Por que não Mariah?
- Eu não sou Mariah, desculpe ter mentido que era uma legionária também aposentada, na verdade sou a deusa da guerra Belona. Esse é nosso filho e você precisa o proteger, fuja para o extremo norte onde meus inimigos não podem achar essa criança e cuide dele até que tenha certeza que ele pode se cuidar.

A mulher não esperou uma resposta ou reação, apenas depositou a criança nos braços do semideus romano, deixando um beijo suave na testa do filho, caminhando para fora da entrada daquela casa sabendo que apenas muitos anos além veria sua prole. Já o filho de Éolo se quer pensou duas vezes, sua felicidade em ser pai ultrapassava todas as expectativas, tudo que mais sonhara se realizava e agora que deveria viajar para segurança do menino não pestanejou, partiu para arrumar as coisas e fugir...

-- -X -–
[ Dias Atuais]
Os outonos em Seatle não costumam ser tão rígidos, mal se podia ver o Sol com a neblina que viera do litoral, ainda mais morando tão longe do centro comercial nas colinas, porém meu pai prefere ficar isolado por aqui para manter certo sigilo. Nunca entendi essa paranoia com discrição dele, apesar de trabalhar como mecânico no polo econômico da maior cidade do estado de Washington, ele passa a maior parte do tempo dentro da nossa casa velha, porém aconchegante.

O ônibus da escola me deixara na estrada, ao longe eu podia ver meu pai concertando a antiga caminhonete negra que nos carregava para tudo que é canto. Anthony se levantou do trabalho todo sujo de graxa, virara para mim e sorrira ao me ver subir a trilha de terra, eu carregava além das coisas comuns na mochila uma medalha de prata do pentatlo, infelizmente perdi na natação, apesar de ganhar na esgrima, tiro ao alvo e corrida, talvez da próxima.
- Pai, eu não consegui ganhar o campeonato, o rapaz da Greenday nadava muito rápido...
- Isso não é o importante Josh... vamos entrar que precisamos comemorar o dia de hoje.

Entrei na casa abraçado pelo meu pai, seus braços grandes e musculosos me cobriam quase que todo, havia muito de mim que descendera dele como a condição física privilegiada e felicidade em tudo que faço. Acima da mesa no salão de entrada havia um pequeno bolo de chocolate com uma vela do número 17 anos, pelo menos alguém nesse mundo lembrada que hoje eu estava ficando mais velho, já que não tenho muitos amigos...
- Hey pai, obrigado.
- Que nada, eu ainda quero te dar outra coisa.- Disse o coroa me entregando a chave da moto que ele passara tanto tempo tentando reanimar aquele monte de sucata, foram quase dois anos trabalhando naquilo, mas agora havia uma bela moto de motocross negra e com as letras “JKC” pintadas em letras prateadas na traseira esquerda do veículo, não consegui conter o choro.

O meu pai sempre batalhara para me criar sozinho, por mais que tivesse algumas manias com sigilo ou de estar me ensinando tudo que ele aprendera quando jovem, como esgrima, corrida, luta corporal e história de civilizações antigas, ele fora praticamente uma mãe e um pai perfeito, nunca faltando aquelas reuniões escolar bem chatas ou deixando de acender uma vela branca barata para não deixar em branco um dia como esse.
- Quando que você vai testar a máquina filho?
- Talvez agora...- Disse antes de ser interrompido por uma batida afoita e rápida na porta, nunca recebíamos visita, nossa correspondência ficava sempre na caixinha de correio na beira da estrada então esse barulho foi bem diferente para mim.

Anthony me colocara para trás dele de forma protetora e lançara um olhar receoso para a porta, assim como observava qualquer um que perdia muito tempo observando a casa ou para outros que nos encaravam na cidade. No momento em que o meu pai pensara em emitir um “ quem está ai?” ou “ quem te chamou?” a tranca fora forçada e dois caras mal encarados entraram sem cerimônia. Ambos tinham pelo menos três metros de altura e usavam roupas de motoqueiros dos anos oitenta, com dizeres escritos pelos casacos de couro como “ assassino de aluguel” ou “ aquele que tirou seu sonho e muito mais...”. Os dois carregavam na cintura facões presos pelo cinto e quando sorriram para nós, mostraram dentes serrilhados como tubarões.
- Não queremos estragar a festinha, porém temos que levar o moleque para meu chefe. – Falou aquele que deve ser o líder, mas por que alguém me queria?
- Infelizmente a festa é apenas para dois, então gostaria de pedir que se retirassem da minha casa.
- Acho que não entendeu, coroa, então vamos ter que levar o garoto na marra.

No mesmo instante um deles avançou rapidamente contra nós empunhando sua arma afiada e grande o suficiente para decepar uma vaca, mas meu pai fora mais rápido ainda e inacreditavelmente arremessou a mesa contra o cara e logo depois tirou da cintura uma faca dourada bem diferente que jamais percebi que ele carregava escondida da cueca ou sei lá de onde ele tirou aquela arma. O primeiro grandalhão, ainda atordoado veio para cima silvando sua arma para todas as direções contra nós, eu rolei de lado buscando algo para me proteger enquanto Anthony lidava com o chefe dos motoqueiros, todavia onde estava o outro?
- Cuidado com as costas...- Disse uma voz áspera e grave, logo antes de eu receber um soco na têmpora que me jogara contra a estante, todos os quadros caíram das prateleiras o que me cortara de leve, porém com tudo turvo pelo golpe eu não conseguia ver muito bem o invasor vir para cima de mim e só puder saber onde estava quando o próprio me agarrou pela gola da camisa.

Não sabia o que fazer, eu estava tão assustado com tudo aquilo acontecendo, será que esse era o tal motivo de sempre meu pai buscar se esconder de tudo e todos? As mãos fortes do grandalhão me prendiam pela camiseta negra da escola, não tinha muita escolha se não tenta me defender, por isso lancei um chute no estômago dele ao mesmo tempo em que tentei um soco no rosto dele, o que foi suficiente para o cara me largar e eu cair rolando para longe dele.

Fitei ao redor procurando o meu pai e surpreendentemente o outro cara grande havia sumido, contudo Anthony estava caído no chão desacordado o que me deixou em desespero. Nesse momento nada mais importava, nem o tamanho daquele motoqueiro ou que ele agora segurava. Tomei a faca que antes meu único familiar conhecido segurava, a qual estava jogada no chão, partindo para cima dele, num desvio rápido aprendido durante as tantas aulas de esgrimas com meu pai, consegui desviar da tentativa de me esfaquear do inimigo e consegui cravar a minha arma no peito dele. Magicamente o cara caiu de joelhos sentindo fortes dores, depois urrou raivoso e simplesmente se desfez em poeira negra, o que estava acontecendo por aqui?

Corri até meu pai preocupado, eu estava cansado e todo dolorido, porém o meu velho estava com um corte no braço e desmaiado, o pânico tomou conta do meu corpo em pensar na morte dele, mas com quando ele retomou a consciência e me viu, abraçou fortemente dizendo:
- Ainda bem que você está vivo, onde está o outro invasor?
- Se desfez quando enfiei sua faca nele, o que está acontecendo?
- Não tenho tempo para lhe falar sobre isso, precisamos partir imediatamente para San Francisco.
- Sério isso? Pai aqueles dois grandalhões vieram aqui para me pegar e levar para alguém, mas eu nem os conhecia, o que eles queriam comigo? Responda-me. – Disse lhe segurando pelo braço e recebendo um olhar de desaprovação, mas minhas dúvidas eram tantas que não pretendia voltar atrás, soltei seu braço apenas quando ele deixou um breve suspiro escapar e concordou com a cabeça.
- Sua mãe é alguém muito importante e acumula inimigos, um deles se mostrou muito perigoso quando ela teve você, meu filho. Por isso eu tive que partir de San Francisco para um lugar isolado, que no caso é aqui, mas não podia ficar muito longe da minha cidade natal. Esse também é o motivo da sua mãe nunca poder lhe visitar por que poderia atrair esse mal, contudo devemos seguir nosso caminho agora para o Tunel Caldecott.
- Por que?
- Sem mais perguntas, junte apenas o essencial, precisamos sair agora.

Coloquei apenas duas mudas de roupa dentro da minha mochila surrada, ainda com uma calça jeans gasta e uma camiseta cinza abaixo de um casaco de couro rumei para o lado de fora da casa esperando encontrar o meu pai sentado na caminhonete me esperando para viajarmos pelo menos 14 horas até San Francisco, mas não foi essa a cena com a qual me deparei. O nosso carro estava totalmente destruído com várias partes amassadas e cortadas, provavelmente pelos motoqueiros mandados pelo inimigo de minha mãe.
- Bem, pelo menos temos sua moto, pega lá.

Não perdi tempo e corri até a garagem atrás do terreno, pegando a motocicleta e levando até ele. O homem pegou as chaves de minhas mãos e ligou o meu presente de aniversário, sentei na garupa e logo estávamos cortando a rodovia até a cidade com a ponte mais famosa do país provavelmente e até o citado Tunel Caldecott. Levamos quase 14 horas viajando, sem para parar dormir graças a determinação do meu pai em chegar até seu destino, mas e agora?

A moto ficou parada no acostamento da rodovia, enquanto nós dos caminhávamos por uma das vias. Os carros passavam ao nosso lado, por mais que fosse provavelmente seis horas da manhã a cidade já começava a receber o tradicional contingente de automóveis que uma metrópole recebe diariamente, contudo duas figuras diferentes me prenderam a atenção. Dois jovens armados com peitorais dourados, um deles com uma espada presa a cintura e outra com um arco na mão, vieram em nossa direção, já com olhar ríspido e nitidamente não querendo que continuássemos nossa caminhada.
- Pai, acho que esses rapazes estão um pouco incomodados? Onde estamos indo?
- Estamos exatamente onde deveríamos estar, só deixe que eu fale.

Os garotos se aproximaram já sem paciência, se tudo corresse como eu pensava eles viriam até nós e dentro de poucos segundos estaríamos brigando com eles, mas meu pai espirou fundo e arregaçou a manga da camisa mostrando a parte de dentro do braço uma tatuagem que para mim nunca teve muito sentido.  Havia onze traços como um código de barra estranho, “SPQR” escrito e acima disso algo que parecia uma brisa. Ao ver aquilo, os dois soldados pararam sem saber o que fazer, como se aquilo fosse uma identificação importante.
- Eu sou Anthony Knigth Cavendish, membro da reserva da Terceira Coorte.
- Senhor, o que está fazendo aqui? – Disse um dos meninos já relaxando o corpo e nos observando com outros olhares.
- Vim deixar meu filho aqui, quero que um de vocês apresente o local para ele.
- Sim senhor.

Sem entender nada eu fui apresentado aos dois rapazes, meu pai sorriu para mim se despedindo e falando que um dia voltaria para casa, mas antes precisava investigar quem era esse tal mal que nos perseguira durante esses anos todos. Já eu estava sem assimilar nada, mas segui os meninos em trajes de combate romanos por uma entrada secreta sendo apresentado ao meu novo mundo, ao meu novo lar.


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Mensagem por Héstia Seg Out 06, 2014 8:51 am

Joshua K. Cavendish: Vamos lá, sua história não está de todo ruim, através da narração eu pude ver originalidade e criatividade, ainda assim houveram bastante erros gramaticais e algumas partes ficaram meio sem sentido, como quando diz que havia passado a noite com Mariah alguns dias atrás e ela fica sumida por meses (?). Além disso achei suas batalhas "sem sal", coloque mais ação, meu caro! Brigue, não tenha medo de expressar as emoções. Tente novamente com um pouco de atenção na hora de reescrever e eu tenho certeza de que obterá bons resultados. REPROVADO.
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Mensagem por Joshua K. Cavendish Qua Out 08, 2014 10:38 pm

Nome: Joshua Knight Cavendish
Idade: 17 anos
Local de Nascimento: Nascido em San Francisco, porém desde bebê morando em Seatle.
Grego ou Romano? Romano
Progenitores e suas filiações (seus pais e seus avôs, tanto divinos quanto mortais):
Meu pai é Anthony Knight Cavendish, meu avô é Éolo e minha mãe é Belona
Características físicas e psicológicas:
Meu corpo é atlético graças às tantas atividades físicas que meu pai me obrigara a fazer, tenho cabelos negros e curtos, sorriso sempre a mostra e pele morena. Normalmente sou alguém calmo e tranquilo que busca resolver as coisas na conversa, perto dos outros sou um pouco introvertido e tímido, porém quando perco a paciência é melhor sair da minha frente, por que meu lado agressivo logo vem à tona.

Conte-nos sua História (mínimo 20 linhas, do seu ponto de vista):

[17 anos atrás...]

Apesar da pouca idade, Anthony já havia deixado a legião após prestar onze anos de árduo serviço militar, tendo sido iniciado no trabalho aos onze anos. Numa noite nublada a qual ele resolveu não se divertir com os amigos em Nova Roma, alguém bateu na porta misteriosamente perturbando o descanso do jovem semideus. Anthony abriu a porta esperando ver algum vizinho com problemas já que ele ajudava todos com problemas elétricos ou mecânicos, porém era uma moça quem o observava de perto.

Trajava vestes negras, porém pela brecha no manto escuro podia ser visto uma camiseta negra e uma calça de mesmo tom, além do cabo de um gládio cravejado em joias rubras como o sangue. O rapaz ficou ao mesmo tempo surpreso e indeciso, aquela era a mesma mulher com quem passara a melhor noite de sua vida, contudo ela sumira por vários meses e agora retornara com uma criança nos braços.
- Quer... entrar?
- Não posso Anthony, infelizmente não. Na verdade você mesmo não pode ficar aqui por muito tempo.
- Por que não Mariah?
- Eu não sou Mariah, desculpe ter mentido que era uma legionária também aposentada, na verdade sou a deusa da guerra Belona. Esse é nosso filho e você precisa o proteger, fuja para o extremo norte onde meus inimigos não podem achar essa criança e cuide dele até que tenha certeza que ele pode se cuidar.

A mulher não esperou uma resposta ou reação, apenas depositou a criança nos braços do semideus romano, deixando um beijo suave na testa do filho, caminhou para fora da vista de Anthony, sabendo que apenas muitos anos depois veria sua prole. Já o filho de Éolo se quer pensou duas vezes, sua felicidade em ser pai ultrapassava todas as expectativas, tudo que mais sonhara se realizava e agora que deveria viajar para segurança do menino não pestanejou, partiu para arrumar as coisas e fugir...

-- -X -–
[ Dias Atuais]

Os outonos em Seatle não costumam ser tão rígorosos, mal se podia ver o Sol com a neblina que viera do litoral, ainda mais morando tão longe do centro comercial, porém meu pai prefere ficar isolado por aqui para manter certo sigilo. Nunca entendi essa paranoia com discrição dele, apesar de trabalhar como mecânico no polo econômico da maior cidade do estado de Washington, ele passa a maior parte do tempo dentro da nossa casa velha.

O ônibus da escola me deixara na estrada, ao longe eu podia ver meu pai concertando a antiga caminhonete negra que nos carregava para tudo que é canto. Anthony se levantou do trabalho todo sujo de graxa, virou para mim e sorriu ao me ver subir a trilha de terra. Eu carregava além das coisas comuns na mochila uma medalha de prata do pentatlo, infelizmente perdi na natação, apesar de ganhar na esgrima, tiro ao alvo e corrida, talvez da próxima...
- Pai, eu não consegui ganhar o campeonato, o rapaz da Greenday nadava muito rápido...
- Isso não é o importante Josh... vamos entrar que precisamos comemorar o dia de hoje.

Entrei na casa abraçado pelo meu pai, seus braços grandes e musculosos me cobriam quase que todo, havia muito de mim que descendera dele como a condição física privilegiada e felicidade em tudo que faço. Acima da mesa no salão de entrada havia um pequeno bolo de chocolate com um número 17 em forma de vela, pelo menos alguém nesse mundo lembrava que hoje eu estava ficando mais velho, já que não tenho muitos amigos...
- Hey pai, obrigado.
- Que nada, eu ainda quero te dar outra coisa.- Disse o coroa me entregando a chave da moto que ele passara tanto tempo tentando reanimar aquele monte de sucata, foram quase dois anos trabalhando naquilo, mas agora havia uma bela moto de motocross negra  com as letras “JKC” pintadas em letras prateadas na traseira esquerda do veículo, não consegui conter o choro.

O meu pai sempre batalhara para me criar sozinho, por mais que tivesse algumas manias com sigilo ou de estar me ensinando tudo que ele aprendera quando jovem, como esgrima, corrida, luta corporal e história de civilizações antigas, ele fora praticamente uma mãe e um pai perfeito, nunca faltando àquelas reuniões escolares bem chatas ou deixando de acender uma vela branca barata para não deixar em branco um dia como esse.
- Quando que você vai testar a máquina filho?
- Talvez agora...- Disse antes de ser interrompido por uma batida afoita e rápida na porta, nunca recebíamos visita, nossa correspondência ficava sempre na caixinha de correio na beira da estrada, então esse barulho foi bem diferente para mim.

Anthony me colocara para trás dele de forma protetora e lançara um olhar receoso para a porta, assim como observava qualquer um que perdia muito tempo observando a casa ou para outros que nos encaravam na cidade. No momento em que o meu pai pensara em emitir um “ quem está ai?” ou “ quem te chamou?” a tranca fora forçada e dois caras mal encarados entraram sem cerimônia.

Ambos mais de dois metros de altura e usavam roupas de motoqueiros dos anos oitenta, com dizeres escritos pelos casacos de couro como “ assassino de aluguel” ou “ aquele que tirou seu sonho e muito mais...”. Os dois carregavam na cintura facões presos pelo cinto e quando sorriram para nós, mostraram dentes serrilhados como tubarões.
- Não queremos estragar a festinha, porém temos que levar o moleque para meu chefe. – Falou aquele que deve ser o líder, mas por que alguém me queria?
- Infelizmente a festa é apenas para dois, então gostaria de pedir que se retirem da minha casa.
- Acho que não entendeu, coroa, então vamos ter que levar o garoto na marra.

No mesmo instante um deles avançou rapidamente contra nós empunhando sua arma afiada e grande o suficiente para decepar uma vaca, mas meu pai fora mais rápido ainda e inacreditavelmente arremessou a mesa contra o cara e logo depois tirou da cintura uma faca dourada bem diferente que jamais percebi que ele carregava escondida da cueca ou sei lá de onde ele tirou aquela arma. O primeiro grandalhão, ainda atordoado veio para cima silvando sua arma para todas as direções contra nós, eu rolei de lado buscando algo para me proteger enquanto Anthony lidava com o chefe dos motoqueiros, todavia onde estava o outro?
- Cuidado com as costas...- Disse uma voz áspera e grave, logo antes de eu receber um soco na têmpora que me jogara contra a estante, todos os quadros caíram das prateleiras o que me cortara de leve, porém com tudo turvo pelo golpe eu não conseguia ver muito bem o invasor vir para cima de mim e só puder saber onde estava quando o próprio me agarrou pela gola da camisa.

Quando me senti preso nas mãos de um cara que visivelmente queria me machucar meu coração disparou, sabe quando você está vendo um filme e ele fica em câmera lenta? Foi o que aconteceu quando meus olhos desembaçaram e pude ver tudo mais devagar, nos mínimos detalhes.  Um das prateleiras havia restado e não pestanejei, peguei a madeira maciça e com um golpe apenas acertei o rosto do grandalhão que me soltou.

Tudo que meu pai um dia me ensinou sobre luta corporal agora inundava minha mente e tomava contra do meu corpo, uma delas foi me aproximar o máximo possível do cara para que ele não pudesse usar sua envergadura maior para ataques mais fortes, porém ele tinha uma daquelas facas enormes era o meu maior problema, como lidar com isso? Corri os olhos ao redor, não tinha chances de alcançar a cozinha sem ser fatiado, a não ser que... Uma ideia louca surgiu.

Corri contra o motoqueiro enquanto ele ainda se recuperava da pancada na cabeça, quando ele percebeu que eu me aproximava eu já estava o pegando pela cintura como um defensor de futebol americano faz, ou como um lutador de luta olímpica faria para lançar seu inimigo ao chão. Ele ainda me bateu com a base de sua faca de aço nas minhas costas o que doeu bastante, contudo antes que ele pudesse virar sua arma eu o suspendi no ar usando toda a força que eu tinha e o carreguei até a entrada da cozinha onde caímos sobre a pia.

Com dois passos para trás eu consegui sair da reta do golpe de sua lâmina, peguei uma das facas de cortar carne e segurei firme esperando o momento certo de cravar a arma no peito do lutador, porém algo inusitado ocorreu. Quando o invasor veio me acertar eu saltei de lado e tentei penetrar com o utensílio de cozinha na perna do ser, porém a arma não o feriu como se o metal não tivesse feito.
- O que você é?
- Seu pesadelo garoto.

Disse o motoqueiro sorrindo malignamente enquanto meu coração disparava ainda mais quase saindo pela boca. O ser tentou me acertar de novo, o espaço da cozinha era pequeno então em poucos passos ele já estava com condições de me esfaquear, ainda bem que o micro-ondas nunca foi meu eletrodoméstico preferido, por que quando o joguei contra o meu oponente ele se despedaçou. O cara ficou bem desnorteado, aproveitei aquela chance para dar uma bela cotovelada em sua cabeça e depois uma pesada em sua barriga o jogando no chão. Tomei sua própria faca e numa tentativa instintiva perfurei seu peito e dessa vez, para minha surpresa, deu certo. O motoqueiro se desfez deixando apenas poeira onde antes havia um cara bom de briga

Corri da cozinha um pouco aliviado de não ter morrido, fitei ao redor procurando o meu pai e surpreendentemente o outro cara grande havia sumido, contudo Anthony estava caído no chão desacordado o que me deixou desesperado. Sabe quando você pensa em fazer uma massagem cardíaca certa assim como já aprendeu, não foi o que aconteceu. Num impulso infantil eu soquei o peito dele o fazendo recuperar a consciência e me abraçar forte
- Ainda bem que você está vivo, onde está o outro invasor?
- Se desfez quando eu o esfaqueei, o que está acontecendo?
- Não tenho tempo para lhe falar sobre isso, precisamos partir imediatamente para San Francisco.
- Sério isso? Pai aqueles dois grandalhões vieram aqui para me pegar e levar para alguém, mas eu nem os conhecia, o que eles queriam comigo? Responda-me. – Disse lhe segurando pelo braço enquanto ele se levantava ainda. Apesar do tradicional olhar de desaprovação, eu não podia o soltar por que a curiosidade e temor eram maiores, tanto que ele percebera e assentiu com a cabeça já falando:
- Sua mãe é alguém muito importante e acumula inimigos, um deles se mostrou muito perigoso quando ela teve você, meu filho. Por isso eu tive que partir de San Francisco para um lugar isolado, mas não podia ficar muito longe da minha cidade natal. Esse também é o motivo da sua mãe nunca poder lhe visitar por que poderia atrair esse mal, todavia devemos seguir nosso caminho agora para o Tunel Caldecott.
- Por que?
- Sem mais perguntas, junte apenas o essencial, precisamos sair agora.

Coloquei apenas duas mudas de roupa dentro da minha mochila surrada, ainda com uma calça jeans gasta e uma camiseta cinza abaixo de um casaco de couro, rumei para o lado de fora da casa esperando encontrar o meu pai sentado na caminhonete me esperando para viajarmos pelo menos 14 horas até San Francisco, mas não foi essa a cena com a qual me deparei. O nosso carro estava totalmente destruído com várias partes amassadas e cortadas, provavelmente pelos motoqueiros mandados pelo inimigo de minha mãe.
- Bem, pelo menos temos sua moto, pega lá.

Não perdi tempo e corri até a garagem atrás do terreno, pegando a motocicleta e levando até ele. O homem pegou as chaves de minhas mãos e ligou o meu presente de aniversário, sentei na garupa e logo estávamos cortando a rodovia até a cidade com a ponte mais famosa do país provavelmente e até o citado Tunel Caldecott. Levamos quase 14 horas viajando, sem parar para dormir graças à determinação do meu pai em chegar até seu destino, mas e agora?

A moto ficou parada no acostamento da rodovia, enquanto nós dois caminhávamos por uma das vias. Os carros passavam ao nosso lado, por mais que fosse provavelmente seis horas da manhã, a cidade já começava a receber o tradicional contingente de automóveis que uma metrópole recebe diariamente, contudo duas figuras diferentes me prenderam a atenção. Dois jovens armados com peitorais dourados, um deles com uma espada presa à cintura e outra com um arco na mão. Ambos vieram em nossa direção, já com olhar ríspido e nitidamente não querendo que continuássemos nossa caminhada.
- Pai, acho que esses rapazes estão um pouco incomodados? Onde estamos indo?
- Estamos exatamente onde deveríamos estar, só deixe que eu fale.

Os garotos se aproximaram já sem paciência, se tudo corresse como eu pensava eles viriam até nós e dentro de poucos segundos estaríamos brigando com eles, mas meu pai espirou fundo e arregaçou a manga da camisa mostrando a parte de dentro do braço uma tatuagem que para mim nunca teve muito sentido.  Havia onze traços como um código de barra estranho, “SPQR” escrito e acima disso algo que parecia uma brisa. Ao ver aquilo, os dois soldados pararam sem saber o que fazer, como se aquilo fosse uma identificação importante.
- Eu sou Anthony Knigth Cavendish, membro da reserva da Terceira Coorte.
- Senhor, o que está fazendo aqui? – Disse um dos meninos já relaxando o corpo e nos observando com outros olhares.
- Vim deixar meu filho aqui, quero que um de vocês apresente o local para ele.
- Sim senhor.
Sem entender nada eu fui apresentado aos dois rapazes, meu pai sorriu para mim se despedindo e falando que um dia voltaria para casa, mas antes precisava investigar quem era esse tal mal que nos perseguira durante esses anos todos. Já eu estava sem assimilar nada, mas segui os meninos em trajes de combate romanos por uma entrada secreta sendo apresentado ao meu novo mundo, ao meu novo lar.
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[Teste] Legados (Gregos e Romanos) (Y) Empty Re: [Teste] Legados (Gregos e Romanos) (Y)

Mensagem por Robert T. McAlister Dom Out 12, 2014 9:49 pm

Legado
I’m yourNightmare...


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Nome - “Robert” Theodore McAlister
Idade - 16 anos
Local de Nascimento - São Francisco, Califórnia. Estados Unidos da América.
Grego ou Romano? - Romano
Progenitores e Filiações - Filho da deusa Bellona com o semideus Christopher Alvin McAlister. Neto de Baco
Características -

Físicas:
Olhando frente a frente para o jovem, o que mais chamará a atenção é a sua expressão despreocupada e alegre, na maioria das vezes, sempre com um sorriso no rosto, mostrando seus dentes brancos e alinhados. Seus olhos, naturalmente em tons de castanho e roxo, que misturam-se pelas orbes brilhantes, emitem uma felicidade que parece ser passada ao contato visual entre ele e outra pessoa. Sua pele é clara e não há nada que “estrague a beleza de seu rosto”, como cravos e espinhas. A barba e o bigode são aparados, mas ele gosta de deixar os mesmos, “ralinhos”. O cabelo castanho escuro é sempre arrumado como um topete.

Psicológicas:
Robert é um garoto que interpreta perfeitamente a arte de ser um adolescente. Um jovem despreocupado, engraçado e que curte estar em boa companhia, ou rodeado pelos amigos e por quem é importante em sua vida. Sempre alegre, gosta de ver o lado positivo das coisas e na maioria das vezes, consegue arrancar sorrisos dos outros. O que ele mais gosta é ver as pessoas felizes e se possível, faz tudo para isto. Tem certos problemas em se manter parado e constantemente está a procura de alguma coisa para manter sua atenção. Como uma Hiperatividade.

Por outro lado, nos momentos que realmente ele percebe que isto é o melhor, ele é sério. Preocupado, atencioso e gentil. Isto é como uma bipolaridade controlada. Ele percebe que para cada situação, ele tem de se portar de um jeito. Isto que faz todos respeitarem ele. Apesar de seu nome ser Robert, todos, consideram Theodore como primeiro nome do adolescente.

Conte-nos sua História -

16 anos atrás


O homem corria pela multidão que andava calmamente pelas ruas de Nova Roma. Seguia na maior velocidade possível em direção aos alojamentos, buscando um semideus para entregar a mensagem que haviam mandado ele enviar. Logo, ele chegara ao seu destino, atravessando as Vias Pretorianas para então, chegar ao alojamento da Quinta Coorte.

Dois toques na madeira e a porta se abriu, revelando um adolescente de mais ou menos 17 anos, com os cabelos desarrumados e uma incrível expressão cansada, como se sua noite tivesse sido a pior de todas. Seus olhos estavam levemente vermelhos e irritados. Ele mantinha um sorriso no rosto, apesar de tudo.

- Christopher? Filho de Baco? - O desconhecido perguntara, olhando para o adolescente a sua frente que apenas assentiu para a pergunta, bocejando. - Lupa espera você em Oakland Hills. Você precisa ir imediatamente e levar seu… - Um choro de bebê foi ouvido antes do homem terminar sua frase e Christopher suspirou, assentindo. Ele havia entendido a mensagem. A porta então fechou, e o filho do deus do vinho seguiu na direção do choro, vendo em sua cama, o pequeno de apenas 2 meses parar de chorar assim que viu o rosto do mais velho, rindo em sua fofa e engraçada voz.

- É, garotão… - Chris se aproximou da cama, pegando o bebê no colo e sorrindo para ele. - Hora de arcar com as consequências de ter pegado uma deusa…

---x---


- Você irá para fora do Acampamento, Christopher. Terá que criar seu filho até que chegue aos 16 anos e possa iniciar meu treinamento. Apenas deixarei que fique em meu acampamento, se mostrar ser capaz disto.

A loba estava frente ao semideus, que segurava seu filho de modo firme no colo. A a expressão dele já não era mais alegre, e sim preocupada. O filho de Baco sabia os perigos que haviam fora das fronteiras do Acampamento Júpiter, e ter de cuidar de um filho sozinho não era uma boa ideia para quem tinha 17 anos. Ele suspirou em resposta e assentiu. Não poderia se opor as ordens de Lupa. Ela era um ser importante, e todos deviam respeita-las, ou se transformariam em refeição para lobos.

- Sim, senhora. Mas eu ainda não completei meus anos de serviço para a legião. - Ele respondeu, olhando nos olhos escuros da loba branca que assentiu em resposta e voltou a falar mentalmente com ele.

- Por isto, quando seu filho partir para minha casa, você voltará para cá. Irá completar o serviço no acampamento e depois, poderá viver em Nova Roma, ou buscar algum outro lugar. Esta é a regra. - A loba observou a expressão séria que quase nunca surgia nos rostos dos filhos do deus da loucura. Realmente, era raro ver um tão calado igual Christopher estava.

- Certo. Irei arrumar minhas coisas e seguirei para a cidade. - Lupa assentiu como resposta e voltou a falar. - Vá para algum bairro em São Francisco. Meus lobos irão vigia-los de longe. Se algum perigo realmente grande surgir, nós avisaremos a você.

E com um último movimento positivo, Christopher deu as costas para a loba que cuidara de Rômulo e Remo e seguiu de volta para o alojamento, buscando arrumar suas coisas o mais rápido possível para que ele e seu filho conseguissem sobreviver.

16 anos depois…  




O ronco do motor surgiu e pôs fim a calmaria de uma das ruas de um grande bairro em São Francisco. A grande Ferrari vermelha seguiu até uma das casas que se localizavam ao lado esquerdo das ruas e parou frente a ela. Um dos quatro jovens que ali estavam saltou do veículo, se despedindo dos amigos com aqueles comuns “Toca Aqui”.

- Festa amanhã depois da aula? - Uma garota perguntou ao que saíra da Ferrari. Este apenas sorriu de modo travesso e malicioso e assentiu para ela.

- Nem precisa fazer essa pergunta.

Os outros riram e finalmente a Ferrari deu partida, seguindo pela rua e sumindo da vista do garoto de cabelos escuros. Este riu baixo e girou seu corpo, encarando a casa simples, mas confortável na qual vivia. Olhou para a porta e sorriu vendo o homem mais velho parado frente a ela, tentando olhar sério para o menor, mas não conseguindo esconder um sorriso.

- Eu sinceramente deveria te deixar de castigo por sair tanto de casa sem me avisar, mas… - Ele suspirou, revirando os olhos. - Você nunca vai tomar jeito mesmo.

- Affs, Pai. - O menor riu, olhando nos olhos quase violetas de seu pai. - Você também era assim, não pode falar nada.

- É… Realmente. Entre logo, Theodore, antes que eu te deixe dormir na rua.

Theodore seguiu rapidamente para o interior da casa, jogando-se no sofá grande que havia no local que parecia ser a sala. Ligou a televisão, começando a assistir uma partida de futebol enquanto seu pai ia para a cozinha, começando a fazer barulho com as panelas.

- E então, não viu nada de estranho? - Os olhos de Christopher, fitaram o filho que permanecia em uma pose folgada enquanto estava sentado. Este apenas deu de ombros, sem tirar sua atenção do que a televisão mostrava. - Hm…

Theodore não era um jovem comum. Ele era fruto da união de seu pai com uma mulher… diferente. Uma deusa. Desde que Christopher percebeu que seu filho estava na idade certa para começar a entender as coisas, explicou a ele tudo o que sabia sobre o mundo na qual ambos pertenciam. Se Theo soubesse logo sobre os perigos que existiam em todo lugar, seria melhor para sua sobrevivência.

Filho de Bellona, neto de Baco. Um legado de primeira geração. Descendente de dois deuses completamente diferentes um do outro, o que tornava Theo um garoto especial. Talvez até mais que um semideus comum. Ele poderia sofrer mais na vida de semideus, mas aparentemente tudo estava calmo demais.
Theodore nunca havia visto nenhum ser estranho. Nada que parecesse querer ameaçar sua pacata vida. E isto preocupava seu pai. Nenhum semideus tinha tanta “sorte” assim.

- Eu estou pensando sériamente em leva-lo logo ao Acampamento… - Theodore também já sabia do acampamento.

- Mas eu não tinha que passar no teste daquela loba lá? - O menor perguntou, desta vez, olhando para o pai que suspirou em resposta.

- Sinto que Lupa está demorando demais para dar sinais de que seu treinamento deve começar… Eu estou achando que ela nem está esperando você… - Christopher murmurou a última parte mais para si mesmo. Theodore havia ouvido, mas resolveu não falar nada sobre aquilo.

- Não pensa assim, pai. - O legado se levantou, caminhando até a cozinha e cutucando o mais velho que apenas sorriu em resposta. - O que acha de jantarmos em algum lugar? Chega de ficar tanto tempo em casa. Você precisa sair mais.

- Está bem. Vá se arrumar, vamos a algum restaurante por aqui. - Theodore sorriu e assentiu para o pai, dando meia volta e subindo as escadas que haviam na casa, seguindo para o seu quarto.

---x---

O restaurante estava cheio. As vozes eram os sons que mais se ouviam por ali. Várias mesas organizadas próximas as paredes, com pessoas sentadas nelas e garçons transitando de um lado para o outro no estabelecimento.

Chistopher e sua versão menor permaneciam sentados em uma daquelas mesas que mais pareciam sofás. Ambos olhavam o cardápio, esperando um dos garçons ir lhes atender. Christopher sorria enquanto olhava tudo ao redor. Era tão alegre que chegava a ser estranho para ele ver tanta alegria depois de tantos anos se escondendo. Ele era filho do deus da loucura, das festas, e toda aquela animação agradava ele.

Foi quando seu olhar se encontrou com o de outro homem. Este era maior e parecia ser musculoso, e sorria de um jeito que Chris pensava indicar crueldade. O homem levantou de sua mesa e caminhou até onde o filho de Baco e o legado estavam, sentando ao lado do mais velho. Theo semisserou os olhos, estranhando a atitude dele.

- Olá. - O homem permanecia com o sorriso estranho. Chris começava a achar aquilo estranho, e as vezes trocava olhares com seu filho, tentando dizer “Fique alerta”. - Não se importam de eu sentar aqui, certo?

Theodore percebeu o tom quase ameaçador que o homem utilizou. Sorriu em resposta e negou com a cabeça, tentando passar confiança. O que ele não estava sentindo na hora. Algo nele dizia que estava em perigo, mas ele tentava ignorar.

- Não, fique a vontade. - Christopher falou para o filho, com o mesmo sorriso que passava confiança. Antes que pudessem voltar a falar, o garçom foi até eles, mantendo um bloco de notas na mão e perguntando quais seriam os pedidos que eles iam fazer.

- Eu vou querer carne de semideus e um pouco de sangue divino para acompanhar. - O garçom anotou alguma coisa e saiu, como se não achasse o que ele havia falado estranho. Christopher olhou assustado para Theo e antes mesmo que pudesse falar alguma coisa, o homem ao seu lado o atacou, mordendo com o força o ombro do mais velho e o puxando com força, arrancando o braço do resto do corpo dele. Christopher gritou de dor, enquanto seu braço era engolido pelo homem que agora parecia crescer mais. Seus olhos se tornaram apenas um, no meio de sua testa e sua face era assustadora. A boca escorria sangue.

- Co-corra! Pra casa, agora! Me-meu quar-quarto… - Christopher gritou, sentindo a dor após ser mordido mais uma vez, desta vez no pescoço. A expressão de Theodore era de espanto e susto.

- Pa-pai! - Ele gritou, tentando afastar o ser estranho que agora mordia ferozmente o corpo de seu pai. Este apenas rugiu, afastando o legado de perto de “sua comida”.

- Encontre… Meu quarto… Eu… Te amo... - Ele disse, antes de fechar seus olhos e sorrir. Theo estava atordoado. Olhava ao redor, tentando entender o que estava acontecendo, e porque as pessoas ao redor pareciam não perceber o que estava acontecendo. Mágica. Lembrou-se das palavras de seu pai: Era como uma barreira mágica que impedia os mortais comuns de ver coisas relacionadas ao mundo mitológico.

Ele olhou uma última vez para o corpo morto de seu pai, coberto de sangue e virou-se, correndo para a saída do restaurante, atingindo um garçom, com seu próprio corpo e fazendo ele derrubar a bandeja que segurava. Sem olhar para atrás, ele seguiu para o carro do pai, parado logo a esquina. Uma Hilux azul. Ele buscou no bolso as chaves que tinha, achando a cópia da do carro e olhando ao redor, desesperado. Lágrimas inundavam seu rosto.

- E-eu preciso voltar lá… - Murmurou para si mesmo, voltando a guardar as chaves e começando a caminhar de volta para o restaurante que permanecia cheio.

- Você não vai fazer isso.

Ele se assustou com a voz feminina que surgiu. Olhou ao seu redor, buscando um outro daqueles seres prontos para lhe atacar, mas não havia nada próximo a ele. Apenas algumas pessoas que andavam apressadas na calçada logo a frente dele. Suspirou. Estava prestes a voltar a andar quando a voz surgiu novamente.

- Theodore, eu estou falando sério.

O susto novamente surgiu. Ele queria saber de onde aquela voz estava vindo, enquanto seu corpo tremia com o medo e a insegurança que ele sentia.

- Que-quem está falando? - Ele perguntou, indeciso se deveria ou não ter respondido aquilo. Ele esperou alguns segundos antes de ouvir a voz novamente.

- Sua mãe, claro. Creio que você sabe de tudo, não precisarei explicar. Apenas, não volte para aquele lugar. Você acabará morrendo, não há como salvar seu pai. Faça o que ele pediu e fique vivo.

- Ma-mas…

- Vai desobedecer sua mãe? A Deusa da Guerra? - A voz ficou mais séria e firme. Theodore engoliu em seco. Sentiu uma pontada de culpa ao dar meia volta e correr de volta para o carro, mas ele sentia que a voz, que a sua mãe, estava certa. Era melhor fazer o que Christopher e Belona disseram. Suspirou ao entrar e posicionar a chave, ligando o carro e dando partida, começando a dirigir pelas ruas de São Francisco, relembrando a cena de alguns minutos atrás.

---x---

Seu rosto estava suado e o elmo pesava em sua cabeça, graças ao cansaço. A espada quase se arrastava pelo chão. O peito se mexia a todo momento, conforme a respiração rápida dele continuava.

- Finalmente…

Seu destino finalmente estava a alguns metros dele. O grande túnel se erguia, deixando com que os carros entrassem e saíssem de seu interior. Theodore havia andado horas, desde sua casa até aquele ponto, carregando uma espada e um elmo de bronze. Havia sido atacado durante aquele percurso. Harpias, Cães Infernais, todos resolveram que aquele era para ser o dia em que tentariam destruir o semideus. Mas sua determinação não deixou ele cair.

Deixando a espada cair no chão e se ajoelhando no meio da grama ao redor e buscando em seu bolso a carta. Uma das três coisas que seu pai deixara para ele, além do elmo e daquela espada. Cuidadosamente, desdobrou o papel e observou a letra garrancho que seu pai tinha. Deixou que um sorriso surgisse em seu rosto ao lembrar de Christopher. Seus olhos castanhos arroxeados, que antes emitiam alegria, começaram a se movimentar conforme o legado lia as palavras alí contidas:

“Aos atuais pretores do Acampamento Júpiter e Lupa,


Venho por meio desta carta, pedir que permitem a entrada e permanência de Robert Theodore McAlister, meu filho com Belona, no Acampamento Júpiter. Não estarei vivo para fazer isto pessoalmente, provavelmente, se estiverem lendo isto, eu estarei morto e meu filho só terá a vocês para darem o treinamento certo para que sobreviva.

Creio que Theodore é apto para ser membro da Terceira, Quarta ou Quinta Coorte. Deixo a vocês, a escolha para qual ele irá.


Christopher Alvin McAlister, Filho de Baco. Membro da Quinta Coorte. Ave Romae!


Theodore voltou a fechar a carta, colocando-a de volta em seu bolso assim que terminou de ler a última coisa presente na carta: O Endereço na qual ela teria que ser enviada. Na primeira vez que ele havia lido, se perguntou o motivo para ter aquilo ali, mas aí se lembrou de que não sabia exatamente como chegar ao acampamento, e se seu pai havia escrito aquilo, ele sabia que não iria ter como falar o endereço do lugar para Theo. Esperava que as palavras de seu pai o ajudassem a entrar no local seguro que estava tão perto de si, e não permitissem que ele passasse o resto de sua vida tentando sobreviver sozinho no mundo.

Levantou novamente, pegando a espada e a empunhando, pronto para seguir seu caminho até o túnel, mas antes que pudesse fazer aquilo, ouviu o rugido conhecido. Sua pele se arrepiou e ele olhou para trás, assustado, tentando localizar a direção que o som viera. Começou a ouvir o som dos passos pesados do ser e respirou fundo.

- Eu não tinha despistado este filho da... - Não pode terminar sua fala. Se afastou, dando passos para trás, a medida que o monstro surgia perfeitamente em seu campo de visão. Era ele. O ser que matara Christopher e que estava seguindo o semideus desde aquela hora. O ciclope deixou um sorriso surgir em seu rosto ainda sujo de sangue, ao ver sua próxima vítima.

- Não pode fugir… - Ele falou, em sua voz rouca que fez Theodore tentar se afastar mais rápido. O semideus ergueu sua espada, em uma tentativa frustada de tomar coragem e encarou o monstro a sua frente. Respirou fundo e seu olhar logo em seguida se tornou sério.

- Vai se arrepender por tudo o que fez. - E ao dizer aquela frase, ele começou a correr, girando a espada em sua mão direita, mostrando a incrível facilidade que ele tinha com aquela arma. Theodore nunca havia encostado ou utilizado aquela arma, mas sabia que sendo descendente de Belona e de Baco, iria ter facilidade em maneja-la. O ciclope se assustou com a velocidade em que Theodore movimentava a arma de guerra, mas mesmo assim se manteve firme, pronto para revidar qualquer golpe.

O filho de Belona saltou para o lado esquerdo, atingindo a barriga do ciclope, criando um corte não muito profundo, mas doloroso o suficiente para fazer o monstro rosnar de dor. Ele tentou acertar o jovem McAlister com seus braços fortes, mas este foi mais ágil, aproveitando para golpear o braço direito dele.

- Maldito! - O ciclope rugiu. Theodore agora já não se intimidava com o monstro. Ele estava decidido a acabar com ele e manda-lo para aquele local que seu pai lhe dissera ser aonde todos os seres nasciam. Ele sabia que o ciclope era lento, apesar de forte, e tinha uma ideia para terminar aquilo. Ignorou todo o cansaço que sentia e reuniu suas forças para começar a correr ao redor do ciclope.

O ser mitológico trincou os dentes. Ele olhava para todos os lados, tentando definir o local em que o semideus estava. Theodore era rápido demais para ele. Ele começava a ficar zonzo, e o semideus percebeu isso. Logo, cravou a espada nas costas do ciclope. Sem nenhuma reação, o monstro apenas se transformou de repente em pó dourado e se espalhou com o vento, deixando a espada cair no chão. O descendente de Baco suspirou, pegando ela e guardando na bainha, ajeitando novamente o elmo na cabeça e finalmente seguindo para o túnel.

- Seu pai estaria orgulhoso de você, filho. - Ele sorriu ao ouvir em sua mente, a voz da deusa que o fizera nascer e agradeceu mentalmente a ela, antes de encarar a porta próxima ao túnel que emitia um brilho diferente. Sem hesitar, abriu a mesma, entrando no lugar e fechando a porta atrás de si, começando a caminhar pelo grande corredor, até finalmente conseguir enxergar uma luz. A sua frente, o acampamento. Seu novo lar.
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Mensagem por Héstia Qua Out 15, 2014 12:20 pm

Joshua: Seu teste está bom, mas poderia ser ótimo. Durante a leitura, fiquei perdida em algumas partes além do que a história deixou a desejar, poderia ter descrito mais sua infância, a forma como lidava com o que era mesmo antes de saber... enfim, ainda tem bastante o que complementar na narração. REPROVADO.

Robert: Do meu ponto de vista sua narração foi perfeita. Além de quase não conter erros gramaticais e ortográficos, você soube exatamente como encaixar as partes de sua vida ao longo da história. Ficou empolgante, não foi uma leitura cansativa, simplesmente perfeito! Sem sombra de dúvidas você foi APROVADO!
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Mensagem por Zeus Sáb Out 25, 2014 12:09 am

Teste fechado até o dia 15/11.

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