Treino de Giulietta Tolomei e Tristan Porter

Sol e Amor

Alive

Ficha:

Estava no Mess comendo o bolo de cenoura com cobertura de chocolate durinha como minha avó fazia enquanto ouvia algumas conversas das pessoas envolta da mesa em que me sentava. Havia alguns lares envolta e escutava sobre os famosos Jogos de Marte que tinha algumas cortes unidas, legionários armando ataques em conjunto e da parte daquele lar tinha um certo rancor das duas primeiras cortes.

Pessoalmente não havia percebido nada assim ainda, claro que havia alguns olhares e de fato os quartéis das duas primeiras cortes pareciam mais luxuosos, mas nada realmente ruim comparado com os outros, já que o da terceira era pequeno. Imaginei como realmente seria esses tais Jogos e sai do meu devaneio de luta ouvindo a conversa da mesa detrás sobre uma filha de Vênus tentar convencer os outros a treinarem com ela.

Olhei rapidamente para como estava vestido, meu escudo de ouro no colo, minha Pumpkin desarmada do lado da minha cadeira e minha espada na bainha. Razoavelmente arrumado e fiquei ouvindo a conversa enquanto comia o bolo apenas esperando a menina se levantar cansada dos outros ali sentados. Quando a mesma se levantou, pedi desculpas ao Lar que falava comigo e segui com uma distância razoável da garota até sair do Mess.

Saindo de lá apressei um pouco meu passo enquanto terminava de colocar meu escudo nas costas e minha Pumpkin com a bainha em diagonal no meu peito. Chamei a atenção da jovem pelo apelido que falaram na mesa em que ela sentava - Ei Giu! - Esperava que ela parasse de andar e fui diminuindo meu passo conforme conseguia me aproximar da mesma e poder observar finalmente a garota com calma.

Ela era loira com os cabelos amarrados em um rabo de cavalo, mas mantendo aquele brilho tipo modelo de desfile nos cabelos, podia passar por uma batalha sangrenta e aqueles cabelos ainda estariam brilhando com certeza. Os olhos com aquela impressão desafiadora, mas que não era realmente pra mim e sim pela raiva dos seus amigos preguiçosos, vestindo uma calça jeans e os all star comuns de todos. Sua blusa era a tradicional roxa do acampamento e quase parecia uma nova pela forma que ficava bem nela mesmo naquele roxo forte.

Itens:

Eu tinha acordado com um bom humor impecável naquele dia, e decidira tentar convencer alguns amigos da Primeira a se juntar a mim para aproveitar o sol que Febo tinha nos concedido para treinar um pouco as nossas meras habilidades. O Mess estava divertidamente lotado naquele dia, e a mesa da minha coorte estava lotada. Todo mundo comia, conversava, ria e interagia. Era um dia de sol, afinal, e ninguém parecia disposto a perdê-lo apenas para treinar comigo. Mas não custava nada tentar.
Enquanto comia um pedaço de rocambole de chocolate, tentei convencer quem estava sentado dos meus lados. Não achei justo usar meus artefatos concedidos a mim pela minha mãe nesse caso, porque queria alguém que lutasse por vontade própria. Como esperado, depois de exatos três pedaços de rocambole e um copo de suco de uva, ninguém quis treinar comigo. Soltei os ombros e cantei derrota, decidindo treinar sozinha.
Passei uma das mãos no meu cabelo amarrado, observando em volta. Muitos olhares feios para a mesa da Primeira eram altamente perceptíveis. Muitos dos legionários das coortes mais baixas - Terceira e Quarta - achavam que a Primeira era "um bando de gente que se achava o suficiente pra ter uma mesa só para eles", mas eu realmente não ligava para a opinião dessas pessoas. Eles não sabiam o que se passava dentro dos alojamentos alheios.
Levantei e arrumei a espada de ouro imperial do lado esquerdo da bainha, e do direito, "Tie Love", a corda de aço que tinha ganhado de presente de natal. Comecei a caminhar rumo aos Campos de Marte, perdida em pensamentos voltados ao treino, quando percebi que alguém andava no mesmo ritmo de passos atrás de mim, por puro reflexo. "Por favor, que seja Gaia, mas que não seja alguém querendo me cantar", pensei, enquanto escutava os passos ritmados.
-  Ei, Giu! - falou alguém, e pensei logo que seria a pessoa dos passos.
Virei rapidamente ao ouvir meu apelido, e me deparei com um garoto que eu jamais tinha visto ou muito menos conversado durante meu tempo de acampamento. Ele era bem bonito até. A pele meio bronzeada, os cabelos castanhos e músculos bem definidos. O que mais me chamou atenção foi sua belíssima mandíbula. Isso soou estranho, e eu logo balancei a cabeça para afastar esses pensamentos.
- Oi! - sorri, parando de andar e esperando que o garoto chegasse até mim. - Acho que não conheço você...ou conheço? - perguntei, forçando minha mente a lembrar do seu rosto, esperando pela resposta dele.

Itens::

Lexie by Sugar Avatars

Sol e Amor

Alive

Bom ponto a pergunta dela, mas menos agressivo pelo modo mais bruto que ela pudesse me responder. Contudo, no entanto como poderia corresponder a ela no nível mais adequado? Ela parecia até bem vestida demais comparado a mim, uma camisa cinza escuro de manga curta e gola V não grande demais. Minhas calças eram um jeans meio escuros quase azul marinho e minhas armas mesmo, mas o que eu estava fazendo ali?

Como eu poderia me sentir "menos" de alguém estando sol? Claro que não. Arrumei minha postura e parecendo que passou horas desses meus pensamentos, estava em apenas milésimos de segundos porque Giu ainda terminava de responder. Sorri: - Na verdade não, cheguei tem poucos dias e também não estou em nenhuma das duas primeiras cortes, então não me veria pelos quartéis de manhã que são mais próximos.

Percebi que o modo que falei pode ter sido mal interpretado, mas não tentei consertar, pois já havia dito e tentei prosseguir o assunto: - Mas, prazer. Sou Tristan da Terceira. Desculpa ter sido atrevido, mas ouvi você no Mess, estava atrás de você e mesmo não sendo o convite para mim eu aceito treinar. - Olhei pros lados entendendo que pode ter sido "demais" e tentei consertar um pouco. - Isso se não se importar em treinar com alguém novato e de outra corte.

Olhei nos olhos dela tentando não parecer que queria cantar ela, ou que tinha algum preconceito de corte como muitos tinham, mas eu ainda não tido nenhuma experiência ruim ainda. Mantive um sorriso bobo e simpático no rosto esperando a resposta dela torcendo para ser positiva e ao mesmo tempo que não tenha nada de ruim também se alguma das histórias dos Lares fosse ainda verdadeira.

Itens:

Observei suas roupas, sem deixar transparecer que eu estava interessada no modo como ele se vestia. Qualé, sou filha de Vênus! É absolutamente normal que eu note esse tipo de coisa. E ai percebi que a luz do sol conseguia deixá-lo mais atraente. Febo, pensei rapidamente antes de abrir um sorriso doce e escutar suas palavras.
- Na verdade não, cheguei tem poucos dias e também não estou em nenhuma das duas primeiras cortes, então não me veria pelos quartéis de manhã que são mais próximos. - ele parou por um instante, mas prosseguiu - Mas, prazer. Sou Tristan da Terceira. Desculpa ter sido atrevido, mas ouvi você no Mess, estava atrás de você e mesmo não sendo o convite para mim eu aceito treinar. Isso se não se importar em treinar com alguém novato e de outra corte.
Ele me encarou, sorrindo, quando terminou de falar. Eu corei imediatamente, mas não por estar envergonhada, e sim, por ser instinto de mim mesma, como um mecanismo de defesa muito inapropriado. A primeira e a última parte de sua fala foi um tanto grosseira. Ele, como a maioria dos novatos quando chegam no acampamento, sempre são recebidos por lares que colocam caraminholas na cabeça deles. Eu poderia muito bem mudar isso.
-  Muito prazer, Tristan. - sorri e comecei a caminhar, na esperança de que ele me acompanhasse -  Não tem problemas, pelo menos existe alguem que preza pela disciplina dos treinamentos nesse acampamento. - comentei, um tanto irritada, e censurei a mim mesma por isso. -  Você é filho de Febo, né? Já tem algum treino em mente?

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Sol e Amor

Alive

Ela me perguntara sobre o meu pai e incrivelmente Lupa viera em minha mente repetindo as palavras do último dia de estada na casa dela. "Seu pai é Febo, deus do Sol. Naturalmente tem talento com instrumentos musicais e fica mais forte com o sol sobre você." De fato não conhecia as partes paternas das histórias dos Lares sobre um contato ou ligação mental com Febo, mas reconhecia que se fosse necessário ele teria falado algo.

Talvez eu realmente não tivesse tido a oportunidade de ter esse contato, mas de alguma forma ele deve olhar por mim, afinal de contas mesmo separados em cortes eu ainda era filho dele. Será que o Áugure tinha algum contato com ele mesmo sendo descendente dele e não de fato um filho de verdade? Talvez não, porque senão não teria sido tão grosso comigo anteriormente, ele realmente deve estar "às cegas" assim como eu estou.

Giu perguntara sobre o treino e a respondi: - Sou sim e não exatamente. Não envolvendo harpias, dracaenaes e nem cobras tudo bem. - Olhei para os Campos de Marte me fazendo pensar um pouco no treino, dei de ombros e comentei por fim: - Na verdade não conheço muitos monstros de verdade e só treinei com os que Lupa me treinou para matar até hoje.

Itens:

Os comentários dele sobre as dracaenae me fizeram dar uma risada baixa enquanto adentrávamos a Arena, que era uma espécie de réplica do Coliseu. Alguns semideues estavam sentados na arquibancada, a espera de alguma atração no centro do local. Quando nos viram, uma mescla de cochichos curiosos para saber o que enfrentaríamos naquele dia começou pelo local.
- A falta de experiência com os monstros não significa que você seja um mau lutador. - comento enquanto retiro a espada da bainha e ajusto o escudo no braço esquerdo. - Vamos ver o que tem pra hoje.
Me posicionei no meio da arena, esperando o que quer que fosse sair dos portões e nos atacar. Meus dedos pressionavam o cabo da espada com força, demonstrando tensão e adrenalina.
"Se pesadelos fossem pessoas, eu seria o seu."

Sol e Amor

Alive

As palavras de Giu eram quase reconfortantes se não fosse pela situação que estávamos para enfrentar um monstro surpresa. Não havia percebido que estávamos na arena e mais ainda que havíamos andado tanto. Era estranho ainda eu estar indo treinar com uma legionária da primeira corte e mais ainda por ela não ser exatamente naquele estereótipo que tanto falavam.

O mais estranho era que ela não parecia realmente antiga, ou sequer muito experiente, mas igualmente não parecia novata. Diria mais que aparentava certa experiência que talvez não costumasse revelar ter tantas habilidades. Seria mesmo que ela pudesse ser habilidosa e eu estar tão enganado? Talvez fosse. Ela poderia ser até mesmo filha de Marte com essa vontade de treinar, contudo não poderia afirmar que tal vontade de treino fosse diária anteriormente.

Em um contexto quase geral, todos os semideus acordam um dia ou outro com vontade de treinar, julgá-la como filha de Marte hoje seria imprudente realmente. Foquei parte do meu foco parcialmente na arquibancada envolta que havia alguns comentando sobre o que enfrentaríamos e talvez sobre a dupla de cortes diferentes.Tirei minha besta da lateral do meu corpo segurando ela com uma mão abaixo do tambor e a outra envolvendo o gatilho.

Percebi o portão do monstro subindo, ajeitei o tanque de CO2 e esperei um pouco pelo monstro aparecer enfim. Primeiramente aquela tensão e rapidamente um vulto preto rápido viera na nossa direção, com oito patas cabeludas, aquelas pinças na boca abrindo e fechando e aquela bunda pesada quase encostando o chão. "Uma aranha gigante, que merda!" Andei um pouco para a direita passando pela Giu e avisando: - Irei distrair e cuidado com os dardos dela.

Gesticulei para a besta quando falei dos dardos esperando que entendesse, ou pelo menos tivesse uma ideia mínima pra tomar realmente cuidado. Segui em um caminho reto para a direita da arena atirando alguns dardos usando a habilidade sônica da Pumpkin para atrair a aranha com raiva principalmente. Alguns dos tiros foram no chão a frente da aranha para que ela focasse em mim enquanto se afastava do efeito do dardo e visse sua origem para acabar primeiro com o que a irritava.

Itens:

A tensão presente no ar enquanto os portões se abriam era explícita e tomava conta de toda a arena. Os murmuros dos outros semideuses ali presentes não tiravam minha concentração, muito pelo contrário. Eu tinha uma sede enorme de impressioná-los e mostrar que filhos de Vênus não resumem-se apenas a beleza, e uma sede maior ainda de matar o que quer que fosse aquilo que apareceria.
Por um momento, o breu que saía do portão só me deixava mais aflita. Qualé, pensei, sai logo daí, criatura. E então, não tive tempo de olhar para o meu parceiro de luta, apenas para garantir sua posição de ataque, e se estava tudo certo com ele.
Um monstro com duas pinças grandes e afiadas, oito pequenos olhos vidrados em suas vítimas, oito pernas e uma bunda grande e peluda. Pelo menos não é uma barata gigante, pensei. A aranha correu pela arena, e Tristan passou por mim, seguindo para ficar de frente com o monstro.
-   Irei distrair e cuidado com os dardos dela. - ele apontou para a besta e eu fingi que entendi, enquanto me encaminhava para a parte de trás do bicho.
A aranha virou toda a sua atenção para Tristan, enquanto disparava dardos com a besta. Eu olhei para suas pernas, e coloquei na cabeça que o melhor jeito de matá-la seria desequilibrando-a. Corri para uma de suas pernas traseiras e desci a lâmina da espada nela. O ouro imperial ricocheteou na perna, que parecia ser feita de nada mais do que aço.
- Tristan! - chamei, enquanto a aranha virava a atenção dela para mim. - As pernas são inquebráveis! - informei-o, sem desviar a atenção das pinças que se moviam em minha direção.
Dei alguns passos para trás, com a espanha empunhada em mãos, enquanto a criatura avançava devagarzinho para agir contra mim.
"Se pesadelos fossem pessoas, eu seria o seu."

Sol e Amor

Alive

Estava usando os tiros sônicos de dardos para a aranha focas em mim com seus oito olhos, sendo que tinha de cuidar do arco de aproximação das patas dela, pois lembrei daquela aranha de Senhor dos Anéis e aquelas patas da frente serviam para enrolar a vítima em teias para comer depois. Evitei andar pela arena depois de me afastar de Giu, porque poderia cair enquanto me afastava da aranha, então o sufoco de afastar a aranha e ter atenção dela era apenas ficando parado.

Não sei exatamente quando aconteceu em meio aos tiros de dardos, mas tirei o dedo do gatilho ouvindo Giu me chamar. Mas do que depressa a aranha se virou para encarar Giu e logo ela falara o que era fundamental: - As pernas são inquebráveis! - Nem de longe esperaria por algo assim e realmente seria de grande utilidade no futuro, mas ainda não seria a hora de agradecer Giu pelo aviso, pois a aranha partira para cima da mesma.

Me desviei da bunda gorda e de algumas patas cabeludas imaginando se ela esquecera de mim, ou estava indo pelo alvo que a feriu mais, porque se a Giu sabia das patas deve ter tentado cortá-las. Levantei a Pumpkin apontada para aquele grande bunda que quase certeza não erraria a pontaria e gritei para Giu: - Cuidado pra ela não tombar e ataque na no corpo dela dessa vez. - Apertei o gatilho movendo um pouco para o lado como se pudesse desenhar com os dardos naquela bunda.

Retirei o escudo da bainha nas minhas costas e o usei de escudo para quando a aranha se virasse para mim. Contudo, no entanto, mantive minha sequência de tiros com impacto sonoro e atordoante com a Giu em mente para a defesa da mesma, proteção dela e imaginando se a aranha podia tombar pra cima da Giu ou teria se virado antes de tombar. Seria horrível tentar ajudar a semideusa e acabar fazendo-a ser esmagada por uma aranha peluda.

Itens:

Não estava concentrada em nenhum movimento que meu companheiro de treino estava fazendo naquele momento. As unicas coisas que prendiam a minha atenção eram os oito olhos e as duas pinças que aquela coisa possuía no lugar da cara. Fui dando passos para trás, com a espada ainda firme na mão, em direção a aranha. Eu sentia uma gota de suor descer pela testa enquanto encarava o mostro.
- - Cuidado pra ela não tombar e ataque na no corpo dela dessa vez. - escutei Tristan dizer, e balancei a cabeça afirmativa e inutilmente, pois sabia que ele não estava vendo.
Escutei sons de dardos sendo disparados novamente, e deveriam estar sendo mirados na grande bunda prluda do aracnídeo. Ela foi pega de surpresa e começou a cambalear, tentando virar para o lado do filho de Febo. Tomara que ele esteja protegendo pelo menos o rosto , pensei. Se eu continuasse parada ali, provavelmente seria esmagada por aquele troço, e essa não era uma opção válida de morte.
Corri um pouco para longe dela, e quando o bicho já estava virado completamente para Tristan, tirei Tie Love da bainha e lancei de maneira que amarrasse suas duas pernas traseiras - e nojentas - juntas, fazendo-a tombar totalmente para o lado, soltando uma espécie de grito alto e agudo, quase como pneus de carro derrapando em uma pista de asfalto.
Seus oito olhos pararam diretamente em mim, e suas pinças pingavam veneno. Ela estava, definitivamente louca pra me matar.
- Não me olhe desse jeito, querida. Você é nojenta. - falei, esperando o filho de Febo agir, segurando o cabo de Tie Love o mais forte que podia, pois a aranha mexia desesperadamente as patas que estavam amarradas.
"Se pesadelos fossem pessoas, eu seria o seu."

Sol e Amor

Alive

Não pude ver direito o que Giu fizera, mas funcionara, talvez não como a mesma queria inicialmente, mas ainda assim com algum sucesso nisso. Sendo sincero me assustei com aquela virada do monstro e aqueles oito olhos grandes mudarem de foco da Giu para mim, senti-me mal com aqueles oito olhos me focando. Será que realmente eram pra mim? Não dava pra saber porque eram puramente pretos e se estivessem olhando pro lado, ou pra cima não apareceria realmente.

Havia dado alguns passos para trás automáticamente pelo susto da aranha caindo, claro que quando notei a distância não teria feito uma real diferença onde eu estava antes, mas de modo geral os olhos dela já me afastariam mesmo se tivesse ficado. Ouvi a fala de Giu: - Não me olhe desse jeito, querida. Você é nojenta. - Olhei pro lado malicioso e rindo e lembrando na ponta da língua uma música.

Desci a besta para a alça e fui na direção da garota, puxei a espada da bainha e com cuidado fui fazendo círculos com calma com os punhos fechados fazendo uma dança marota. Tossi um pouco e fui cantando com a aproximação até a Giu: - Oh, her eyes, her eyes // Make the stars look like they're not shining // Her hair, her hair // Falls perfectly without her trying // She's so beautiful // And I tell her everyday...

Segurei o riso olhando para os olhos da Giu e abri minhas mãos para cima como sinal de pare e ainda mantendo a espada segura para não cair. Sorri, lambi os lábios respirando fundo e comentei: - Desculpe, não resisti cantar. Às vezes sai sem querer pelo momento. - Virei meu corpo para a aranha e estendi minha mão segurando a espada para baixo: - Troque comigo, eu seguro a corda e você a mata. Você... - Sorri meio sem graça porque estava sem jeio para me desculpar pela música. - Meio que merece, ainda mais pela minha brincadeira.

Itens:

Tristan começou a andar até mim, e pigarreou, antes de começar a...cantar?
- Oh, her eyes, her eyes // Make the stars look like they're not shining // Her hair, her hair // Falls perfectly without her trying // She's so beautiful // And I tell her everyday... - ele dançava e eu não pude resistir a uma boa gargalhada. Segurava firme com as duas mãos a corda, mas ria muito dele.
Ele fez um gesto de rendição, ao chegar do meu lado, e eu finalmente começava a controlar o riso. Não era, nem de longe, a coisa mais inteligente a se fazer perto de uma aranha do tamanho do Tártaro, cheia de veneno nas presas e pêlos na bunda, mas tinha valido a pena.
- Desculpe, não resisti cantar. Às vezes sai sem querer pelo momento. Troque comigo, eu seguro a corda e você a mata. Você...meio que merece, ainda mais pela minha brincadeira. - ele disse, enquanto sorria. Não pude deixar de sorrir de volta.
Entreguei a corda pra ele, na esperança de que segurasse com a mesma força que eu, ou até maior. Desembainhei a espada e comecei a me afastar de Tristan, indo em direção aos olhos da aranha, devagar.
- Amigo, acredite...eu sei que eu sou maravilhosa. - pisqueimpra ele e continuei avançando.
A medida em que eu avançava, os gritos dos semideuses que assistiam aumentavam, e eu ficava com muito mais expectativa de ganhar daquele monstro grotesco. Quando já estava a centímetros das suas patas que agitavam loucamente, me preparando para escalar o bicho, a ranha ginchou. Por segundos, perdi a concentração com seu grito e ela atingiu com a ponta de uma das patas o meu supercílio.
Senti, imediatamente, o sangue pingar. Cambaleei para trás, me afastando novamente das pernas da aranha. A dor não era gritante, mas mesmo assim, doía. E ela tinha ferido a parte de mim que eu mais prezava: o rosto. Empunhei a espada e apertei o cabo com força, e com toda a raiva que eu sentia.
- Querida...no rosto não.
Avancei para a ranha, me desvencilhando de suas patas que não paravam quietas. Escalei pelo corpo que estava virado para cima e cheguei perto daquilo que definitivamente não poderia ser chamado de rosto. Cortei suas presas e o veneno jorrava. Fui com cuidado até seus olhos, e espetei um por um, enquanto sentia o veneno encharcar minha roupa.
- Argh...que nojo.
Desci de cima da aranha, que agonizava por ter perdido as presas e ter ficado cega. Corri até acima de sua cabeça e dei um golpe brutal em seu crânio, fazendo-a virar, literalmente, pó. Devolvi a espada a bainha e bati as mãos, limpando-as.
- Pronto, querida. Melhor assim. - disse, séria, e comecei a andar em direção ao filho de Febo, me sentindo nojenta de todas as formas.
"Se pesadelos fossem pessoas, eu seria o seu."

Sol e Amor

Alive

Ela me entregou a corda e firmei meus pés no chão sentindo a pressão que o monstro fazia tentando se soltar, mas foquei minha força nas mãos e nos pés para ficarem firmes. Soltei a minha espada no chão focando em segurar apenas a corda para ela matar a aranha e ouvi - Amigo, acredite...eu sei que eu sou maravilhosa. - Fiquei chocado com o abuso imaginando a resposta que daria se não estivesse segurando com força a corda e puxando toda vez que escapava um pouco.

"Miga, para que ficou feio. Muito desnecessário." Vi aos poucos pelo campo de visão enquanto segurava a corda a legionária sendo bem rancorosa com o monstro me deixando a dúvida sobre quem ela era filha. Cortou as presas e em seguida furou aqueles oito olhinhos da aranha, quase fiquei com dó dela se não fosse o meu papel de mantê-la presa enquanto morria pelas mãos da jovem.

Para enfim terminar com a aranha - finalmente porque não ficaria segurando enquanto cortasse cada uma das raízes das patas do monstro - ela deu um golpe só na cabeça do monstro que logo virou pó. A purpurina peluda vai pro Tártaro, coitada. Ou melhor, bem feito. Usei o braço direito e a palma da mão aberta para enrolar a corda, terminando com a aproximação da dona dela.

Observo a garota vindo na minha direção, deixo a corda sobre a minha espada e a Pumpkin para não atrapalhar, dou dois passos para trás para o segundo round. Começo um ritmo batendo palmas ritmadas de cada lado da minha cabeça: - Girls, we run this mutha! // Girls, we run this mutha! // Girls! - Parei as palmas, comecei a marchar como no exército e em seguida alguns passos que rodava um pouco o pé antes de levantar de novo. Era como marchar e dançar de uma forma misturada.

- Who run the world? // Girls! // Who run the world? // Girls! // Who run the world? // Girls! - Parei a marcha de dança, fiz umas caretas nessa pausa e comecei a bater um pouco meus pés. Batia um pouco para a direita e voltava passando um pouco para a esquerda e mexendo meus ombros junto com os pés: - Who run this mutha? // Girls! // Who run this mutha? // Girls! // Who run this mutha? // Girls! // Who run the world? // Girls!

Parei a dança e a música rindo sozinho ainda sem olhar para Giu, andei até onde estava a corda e a espada já pegando-as do chão. Coloquei a espada na bainha, peguei a besta na mão esquerda e me ergui do chão mais uma vez estendo a mão direita com a corda para Giu pegar. Sorri sem graça por ter me tocado agora que havia gente na arquibancada: - Ops, eu exagerei? Esqueci do público.

Itens:

Enquanto eu andava em sua direção, ele começou a dançar novamente, dessa vez ao som da digníssima Beyoncé. Eu ria, e ria muito, porque a dança e a música se completavam de uma forma muito hilária.
Cheguei perto de Tristan, e ele finalmente parou seu show. Bati palmas e ele estendeu a mão com a corda pra mim, meio envergonhado.
- Ops, eu exagerei? Esqueci do público. - gargalhei mais uma vez, pegando a corda e prendendo na bainha.
- Ah, qual é! O público nos ama. Eles com certeza adoraram ver mais um show seu. - pisquei de novo, mas dessa vez fiz uma careta por causa do corte. Podia até ser pequeno, mas doía, e, por eu ser extremamente dramática, aparentava doer mais ainda. - Acho melhor eu dar um pulinho na enfermaria...alguém precisa fazer uns pontos nesse corte. - dei de ombros, sorrindo, e comecei a sair da Arena, em direção a enfermaria.
"Se pesadelos fossem pessoas, eu seria o seu."

Sol e Amor

Alive

Giu comentara de um corte que inicialmente não havia notado pelo meu momento diva de cantar, mania de quando era pequeno e que estranhamente tinha vontade de repetir a dose no meio de uma batalha e após o monstro ter sido morto. Sorri e chamei Giu enquanto me aproximava na mesma. Puxei um pedaço da minha camisa cinza, e puxei um pouco a espada dela usando na blusa para cortar um pedaço pequeno dela.

Usei de apoio o fim do peitoral de ouro que não permitiu que puxasse demais minha camisa e entreguei o pedaço de pano cinza para Giu avisando: -Pressiona de leve contra a ferida, irei te ajudar com ela. - Dei de ombros: - Não sou enfermeiro,mas sei cuidar de uma ferida. - Indiquei com a cabeça a saída da arena rumando para a enfermaria . Lembrei da minha infância e de como minha avó cuidava de minhas feridas para fazer um bom curativo.

Itens:

Por um momento eu não entendi quando me entregou o pedaço de pano cortado da sua camisa, mas não tive muito tempo para pensar, Tristan já foi emendando enquanto me entregava o tecido:
- Pressiona de leve contra a ferida, irei te ajudar com ela. Não sou enfermeiro,mas sei cuidar de uma ferida. - ele deu de ombros e indicou a saída.
Pressionei o corte no supercílio e senti uma pontada de dor. Segui o filho de Febo até a saída, caminhando em direção a enfermaria.
- Obrigada. Sua ajuda vai ser de muito bom proveito.
"Se pesadelos fossem pessoas, eu seria o seu."